Recordamos, no dia 28 de agosto, Santo Agostinho, um grande Santo da Igreja, renomado teólogo e filósofo. Nesta breve reflexão, veremos alguns de seus pensamentos marianos.
Antes, porém, recordemos, em primeiro lugar,alguns dogmas mariológicos.O primeiro dogma trata da Maternidade Divina, onde proclamamos Maria como Mãe de Deus para afirmar a divindade de Jesus. O segundo dogma aborda a Virgindade Perpétua de Maria, afirmando que Maria permaneceu virgem antes, durante e após o parto. A Igreja também professa a fé na Imaculada Conceição de Maria, ou seja, que Nossa Senhora foi concebida sem o pecado original. Por que recordar essas verdades? Porque elas, muito tempo antes de serem proclamadas pela Igreja, de certa forma já estavam presentes na teologia de Santo Agostinho, embora ele não tenha um tratado específico sobre Nossa Senhora. A figura de Maria surge em suas homilias, sempre ligada à pessoa de Cristo.
Santo Agostinho destaca a dignidade humana e o seu valor, ressaltando como Deus escolheu nos salvar. Deus se fez homem, nascido de uma mulher, optando por essa forma para redimir a humanidade. Assim, homem e mulher colaboram na obra da Redenção . O nascimento de Jesus ocorre pela ação do Espírito Santo, que realiza sua obra tanto em Maria quanto em José. Maria gera o Filho e José é pai segundo a caridade
“e assim à piedade e à caridade de José lhe nasceu da Virgem Maria um filho, o próprio Filho de Deus²”
“nosso Senhor, a própria cabeça da Igreja, o Filho unigênito de Deus, o Verbo do Pai, não teve uma carne de natureza diferente da nossa; por isso, assumiu a humanidade de uma virgem³”
Em várias ocasiões, Santo Agostinho afirma Maria virgem antes, durante e após o parto4. Caso Maria tivesse perdido sua integridade, o evangelista não afirmaria o nascimento de Jesus por meio de uma virgem5. Agostinho destaca a virgindade de Maria para valorizar as consagradas a Deus, que para ele, são ao mesmo tempo virgens e esposas de Cristo. Além disso, a Virgem Maria torna-se exemplo para a Igreja que é mãe e virgem ao mesmo tempo: mãe porque gera novos filhos de Deus pelo batismo e virgem por causa de sua integridade da fé6.“Só a virgindade pôde descentemente dar à luz Aquele que em seu nascimento não pôde ter igual. Convinha, portanto, que nosso Redentor nascesse, segundo a carne, de uma Virgem por meio de um milagre insigne para dar a entender que seus membros deviam nascer da Igreja virgem, segundo o espírito.7”
Por fim, é muito conhecida a frase agostiniana:
“Pela graça de Deus, Maria concebeu em sua mente antes de conceber em seu ventre.9”
Elogiando a fé de Maria, que acolheu o Verbo em sua mente e coração antes de gerá-lo em seu ventre, Agostinho inspira-nos não apenas a uma piedade mariana, mas também a uma espiritualidade mariana. Todo cristão, pela graça de Deus, pode ser como Maria, sendo dócil à ação do Espírito, permitindo que Jesus seja acolhido em seus corações, de tal maneira que Ele se manifeste em nossa vida. Dessa forma, o cristão poderá proclamar como São Paulo: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo quem vive em mim" (Gl 2,20).
Além disso, como mencionado anteriormente, a mariologia agostiniana está ligada à sua cristologia. Maria só aparece no pensamento agostiniano relacionada ao mistério de Cristo. Desde tempos antigos, este grande santo e teólogo nos ensina o lugar apropriado de Maria em nossa piedade e teologia: ela é especial sempre em função de Cristo, o Salvador de toda a humanidade.
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