Por Academia Marial Em Artigos Atualizada em 14 AGO 2019 - 11H15

Significado do Dogma da Assunção



O significado profundo da Solenidade da Assunção Nossa Senhora está contido nas palavras finais do dogma, promulgado por Pio XII em 01 de novembro de 1950: “A Imaculada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, ao terminar o curso da sua vida terrena, foi assunta de alma e corpo à Glória Celeste” (Constituição Apostólica Munificentissimus Deus 44). Portanto, este é o núcleo central da nossa fé na Assunção: nós acreditamos que Maria, como Cristo seu Filho, já venceu a morte e já triunfa na Glória celeste “de corpo e alma”. O Catecismo da Igreja Católica (966) ensina: “A Assunção da Santíssima Virgem é uma singular participação na ressurreição do seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos”. Antecipação é o conceito-chave do dogma, a Assunção da Virgem Imaculada consiste em uma singular antecipação em relação a ressurreição final de todos os justos. A Mãe de Deus já vive aquilo que esperamos no final dos tempos e proclamamos no Credo: “Espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir”.

A assunção nos recorda que a vida de Maria, assim como a nossa, é um caminho de seguimento de Cristo porque sabemos que pelo Batismo somos introduzidos na fé e na conversão, portanto, na graça. Mas a participação plena na vida de Cristo pressupõe uma caminhada e postula um crescimento da vida recebida n’Ele e por Ele, é esta a caminhada que completará aquilo que já foi realizado no Batismo. A glória celestial é a coroação da fé vivida nesta terra, aqui e agora! Maria está na glória com seu Filho porque concebida sem pecado, a Imaculada “nunca desiludiu o bom Deus” (Santo Cura D’Ars) enquanto viveu neste mundo. Não podemos admira-la como uma pessoa distante que está lá na glória celeste, ao contrário “Ela nos atrai e nos acompanha até o fim de nossa peregrinação aqui nesta terra e chegarmos à pátria celeste” (Lumen Gentium 62). Assunta aos céus a Virgem Maria caminha conosco neste mundo feito de alegria e tristezas, de sofrimentos e amor até chegarmos a glória eterna. E juntos no céu contemplaremos a realização da criatura humana querida por Deus e o cumprimento da promessa na vida eterna, “a vida do mundo que há de vir”.

Que “[...] a fé na assunção corpórea de Maria ao céu torne mais firme e operativa a fé na nossa própria ressurreição” (Pio XII, MD 42). Assim seja!

Cilbene I Falcão Barbosa
Leiga, esposa, mãe. Filósofa e Teóloga, Pós-graduanda em Mariologia pela Faculdade Dehoniana e Academia Marial.
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