Por Carmen Novoa Silva Em Palavra do Associado Atualizada em 03 JAN 2018 - 09H10

A paz a cada dia

Considerando que a efusividade do Natal e de um Novo ano e a data rotulada de Confraternização universal, pretende evidenciar o surgimento do homem-luz. De exemplo. De disponibilidade. De doação.

Considerando que a trégua iniciada no dia 1º de Janeiro, marcado como Dia Mundial da Paz, não se estende por trezentos e sessenta e cinco dias vezes outros tantos quantos possam comportar a vida longeva do planeta terra. (Sim, porque a Paz não foi feita para o Natal, mas o Natal foi feito para 365 dias de Paz). 


Considerando que paz não se reduz aos símbolos das roupas brancas dos “reveillons”, nem dos pombos brancos arrojados aos céus. Fica decretado como lei do sentimento-maior, cinco esperanças gozosas para um caminho de Paz.

Primeira Esperança: Todo homem deve cada dia dar um passo à frente. E deixar de lado a eclosão da xenofobia, do preconceito racial e religioso. Somente assim viverá com dignidade o presente, do contrário será mera “estátua de sal”, irresistivelmente atraído a olhar para trás. Deverá especialmente deixar de lado o olho por olho, pois apenas coração por coração o homem achará a Paz. 

Segunda Esperança: Que todo homem abomine essa vazia liturgia do abuso dos cifrões do império exagerado das máquinas sofisticadas e do poderio de coroas e exércitos onde tudo (até o coração!) se move em ritmo matemático e nem pulsa e nem vibra, e nem crê...

Terceira Esperança: Que seja relegado a um passado remoto todo o caráter discriminatório. Que a mulher não seja mais vítima de repulsivos sistemas segregatícios que a impedem de trabalhar, de estudar, de olhar sem véus o sol das auroras e dos crepúsculos. 


Quarta Esperança: Que todo homem renuncie às idéias assassinas das guerras fratricidas, baseadas em fanatismo religioso ou imperativos políticos. Daí decorrem as legiões de miseráveis, de crianças órfãs, de seres famélicos nas entranhas dos quais se perdem todos os ecos de propaganda e campanhas de solidariedade. Que se tenha ciência que a Paz é o cultivo da força da razão em lugar da razão da força. 

Quinta Esperança e última: Que se pugne sempre pela concórdia. A guerra divide, é gume afiado. A paz une, é mão estendida. A paz é uma força interior que se expressa em silêncio. Como a neve que cai sem ruído algum, mas deixa na paisagem a vida e o verde dos pinhais. Para tocar a paz é necessário seguir aquela estrela que indica não só o Menino da Paz, mas o direito de paz a cada menino.

Carmen Novoa Silva é Teológa e membro da Academia Amazonense de Letras e da Academia Marial de Aparecida - E-mail: novoasilva@yahoo.com.br

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