Em outubro de 1717, três pescadores lançaram suas redes no rio Paraíba do Sul, em um território de Guaratinguetá (SP) que, logo depois desse feito, recebeu outro nome: Aparecida (SP).
O que poderia ser apenas “mais uma história de pescador” se tornou um dos acontecimentos mais fortes e emocionantes da fé em terras brasileiras: o encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição, que passaria a ser conhecida como Nossa Senhora Aparecida.
O Pe. Antônio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R., explica que o episódio é diferente das aparições que estamos acostumados, como as de Lourdes ou Fátima. “A ‘aparecida’ que não apareceu; foi achada e acolhida”, afirma.
A Santa Sé reconhece como aparições marianas os momentos em que a Virgem Maria se manifesta de forma sobrenatural a alguém. Foi o que aconteceu em Guadalupe (1531), Lourdes (1858) e Fátima (1917). No caso de Aparecida (1717), não houve visão ou mensagem direta, mas sim o encontro de uma imagem que veio quebrada em duas partes: o corpo e a cabeça.
Segundo o Missionário Redentorista, a imagem retirada das águas “representava a gravidez da Virgem Maria. ‘E tendo a lua sob os pés’ lembrava a mulher que o livro do Apocalipse (12,1) menciona como um grande sinal de Deus”.
A imagem de 36 centímetros, feita de barro cozido, seguia um estilo comum no século XVII como Nossa Senhora da Conceição. Nas casas, era comum encontrar oratórios com essa representação.
O que transformou aquele encontro em um marco foi a fé popular. “De algum modo, a imagem se achou na rede de arrasto. Sinais prodigiosos se agregaram à sua veneração, e na boca do povo ela passou a ser conhecida e vista como aparição”, explica o sacerdote.
Mesmo que o termo “aparição” não seja o mais adequado neste caso, a Igreja reconhece em Aparecida um sinal da presença de Deus. O Pe. Sant’Anna afirma que podemos compreender o episódio como uma epifania, ou seja, uma manifestação extraordinária da graça divina em favor do povo.
O crescimento da devoção, a construção do Santuário Nacional e as romarias constantes confirmam essa ação de Deus na história do Brasil. Como descreve o redentorista:
“Na simplicidade do seu tamanho, no despojamento do objeto em si, na singeleza da escultura, na sua misteriosa atração, a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é um ‘evangelho’, uma boa nova, um anúncio feliz de vida e de futuro bom para nós e a Pátria.”
E o povo segue repetindo a oração que atravessa gerações: “Dai-nos a bênção, ó Mãe querida!”
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