“É importante lembrar que a distribuição de doces não faz parte da tradição católica, mas nasceu de um sincretismo religioso”, explica o Padre Pablo Vinícius, C.Ss.R.
A prática, conhecida em várias regiões do Brasil, acontece sobretudo no dia 27 de setembro, quando algumas religiões de matriz africana oferecem doces às crianças em memória dos santos.
Mas afinal, quem foram São Cosme e São Damião, que a Igreja Católica celebra em 26 de setembro? Vamos aprender com o “A12 Responde”!
:: Cosme e Damião e sua dedicação física e espiritual ao necessitado
Cosme e Damião eram irmãos gêmeos e viveram no início do século IV. Exerciam a medicina de forma gratuita, pois entendiam o cuidado com os doentes como expressão de caridade cristã. Por isso, receberam o título de “anárgiros”, isto é, aqueles que não recebem pagamento.
O testemunho deles ultrapassou a prática médica diante de Deus operar grandes milagres por meio deles: ambos foram perseguidos e mortos por volta do ano 300, durante as perseguições do imperador Diocleciano, tornando-se mártires.
Os nomes de Cosme e Damião estão presentes até hoje no Cânon Romano, na Oração Eucarística I, onde a Igreja recorda os santos que deram a vida por Cristo. Essa presença litúrgica é um sinal de como a memória deles sempre foi e será importante para os cristãos.
Como ensina o Catecismo da Igreja Católica (n. 828), o testemunho dos santos é um estímulo para todos os fiéis, pois mostra como a graça de Deus age na vida humana:
“Ao canonizar alguns fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que eles praticaram heroicamente as virtudes e viveram em fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está nela.”
A ligação entre doces e os santos surgiu no Brasil como expressão cultural, mas não faz parte da liturgia ou da devoção oficial da Igreja. Para os católicos, o foco está no exemplo de vida dos irmãos mártires, que entregaram tudo a Cristo.
Para a Igreja, celebrar São Cosme e São Damião é recordar que a fé se manifesta na caridade e no testemunho, como destaca o Papa Francisco na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate (n. 14):
“Os santos não são pessoas perfeitas, mas aqueles que deixam Deus ocupar o centro de suas vidas.”
Assim, a verdadeira doçura que esses santos deixam é o exemplo de amor gratuito e fiel a Cristo, capaz de inspirar novas gerações.
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