O Feng Shui é uma prática ou um método chinês usado para a adivinhação ou para decifrar a presença escondida de energias positivas e negativas que teriam uma influência sobre as pessoas. Trata-se de uma pseudociência que procura harmonizar os indivíduos com seu ambiente, levando em consideração tais energias escondidas. Historicamente, foi usado para orientar a construção de edifícios e outras formas de arquitetura, acreditando que essas formas possuem forças invisíveis que podem influenciar as pessoas.
Leia MaisAnsiedade tem cura?Um católico pode praticar ioga e outras formas de terapias alternativas?Por mais que o Feng Shui seja uma prática antiga, originada na antiga cultura chinesa, ganhou mais atenção e popularidade no século XX por causa do Movimento Nova Era (New Age). Diante dessa popularidade, a própria Igreja Católica teve que se posicionar diante da prática desse método e de outras práticas populares na Nova Era.
Para isso, o Pontifício Conselho Cultural e Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso escreveu um documento no ano de 2003 chamado “Jesus Cristo Portador da Água Viva: Uma reflexão cristã sobre a Nova Era", no qual fala sobre o Feng Shui, entre muitas outras práticas comuns à Nova Era.
Uma das críticas principais do documento sobre o Feng Shui é, precisamente, o fato de ele não levar em consideração a existência real e objetiva do bem e do mal. “Crer na existência do mal”, diz o documento, citando a Nova Era, “só pode criar negatividade e temor. A resposta à negatividade é o amor. Porém não do tipo que tem que traduzir-se em ações, é mais uma questão de atitudes da mente. O amor é energia, uma vibração de alta frequência”.
Como católicos, é imprescindível que acreditemos e levemos em consideração a existência do mal como algo real e fruto do pecado. Se o mal não existisse, teríamos que dizer que Cristo morreu e ressuscitou em vão, e não existiria Sua vitória sobre a morte. Pretender que o “mal” somente seja uma espécie de falta de boas energias e vibrações dentro do nosso ser, sem nenhuma referência ao pecado, não pode ser conciliável com o catolicismo.
O documento também afirma que o Feng Shui e outras práticas da Nova Era entendem que “o segredo da felicidade e da saúde consiste em sintonizar com a grande cadeia do ser, de encontrar o próprio lugar nela”. Os mestres do Feng Shui, assim, afirmam oferecer as ferramentas para encontrar essa harmonia absoluta com tudo o que rodeia a pessoa. Infelizmente, essa visão elimina uma visão cristã de um Deus pessoal, que tem uma relação conosco, Seus filhos, e que o segredo da felicidade não pode ser achado fora dessa relação.
Portanto, irmãos e irmãs em Cristo, por mais que possam existir alguns elementos verdadeiros e bons em práticas como o Feng Shui (mas para identificá-los é preciso muito bom critério), existem outros elementos que estão em absoluto contraste com a nossa fé e, por isso, devem ser evitadas e não adotadas pelos católicos.
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