Por Polyana Gonzaga Em Igreja Atualizada em 08 OUT 2019 - 11H49

Maria, Rainha da Amazônia: a devoção mariana na América

Guadalupe, Luján, Coromoto, Salete ou Aparecida. Sob muitos títulos, Nossa Senhora é venerada em toda América Latina e também na Pan-Amazônia.


A iconografia de Nossa Senhora da Amazônia se identificasse com a realidade e a cultura do povo daquela região.


A
devoção mariana se enraizou na América Latina desde sua colonização, destaca o Arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes em seu livro sobre o Sínodo para a Amazônia.

“Desde muito cedo, após a vinda dos colonizadores para a América, em 1492, Maria Santíssima se faz presente de modo especial entre os povos do Novo Mundo. Já no contexto cotidiano do Leia MaisA devoção mariana e o sínodo para a Amazôniacatolicismo, trazido junto com os colonizadores, a devoção mariana ocupava lugar de destaque. Mais de 1531, no México, em meio aos sofrimentos, agruras e perda de horizontes que a colonização impôs aos povos originários da América, ocorreu um fato extraordinário que marcaria profundamente a história da evangelização dos latino-americanos até hoje. Trata-se da manifestação de Nossa Senhora de Guadalupe, que deixou impressa no manto do índio João Diego sua imagem com traços fisionômicos e trajes indígenas”.

Na Amazônia brasileira, a devoção mais conhecida arrasta mais de dois milhões de pessoas pelas ruas da capital paraense, todo segundo domingo do mês de outubro. Nossa Senhora de Nazaré é também conhecida como Rainha da Amazônia.

Antes mesmo desse caminho sinodal, caminha com os povos e a natureza da Amazônia a Mãe do Senhor e da Igreja, lá invocada como Nossa Senhora da Amazônia, Virgem que se identifica com a realidade e a cultura do povo daquela região, tão devoto de Maria Santíssima.

O Papa Francisco cita a Rainha de toda a criação na Encíclica “Laudato Si” - Louvado Seja - sobre o cuidado com a ‘Nossa Casa Comum’.

.:: Círio de Nazaré: Rainha da Amazônia

Maria, a mãe que cuidou de Jesus, agora cuida com carinho e preocupação materna deste mundo ferido. Assim como chorou com o coração trespassado a morte de Jesus, assim também agora Se compadece do sofrimento dos pobres crucificados e das criaturas deste mundo exterminadas pelo poder humano. Ela vive, com Jesus, completamente transfigurada, e todas as criaturas cantam a sua beleza. É a Mulher « vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça» (Ap 12, 1). Elevada ao céu, é Mãe e Rainha de toda a criação. No seu corpo glorificado, juntamente com Cristo ressuscitado, parte da criação alcançou toda a plenitude da sua beleza. Maria não só conserva no seu coração toda a vida de Jesus, que «guardava» cuidadosamente (cf. Lc 2, 51), mas agora compreende também o sentido de todas as coisas. Por isso, podemos pedir-Lhe que nos ajude a contemplar este mundo com um olhar mais sapiente".

Que Nossa Senhora, da Amazônia, de Nazaré ou Aparecida, guie as discussões e debates do Sínodo para a Amazônia no Vaticano e que traga caminhos e esperança para a evangelização dos povos originários.

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