Os olhos do mundo estão voltados à Oceania, diante da 45ª viagem apostólica do Papa Francisco para Papua-Nova Guiné, o país de maior população católica. A Igreja Católica chegou à Oceania durante o século XVI, pela ação dos missionários. Este continente, o menor do planeta, possui cerca de 26% de sua população declarada católica e tem aumentado nos últimos anos, segundo dados realizados pelo Dr. Fernando Altemeyer Junior, professor do departamento de Ciências Sociais da PUC-SP, Brasil e publicados pela Consolata América este ano.
A população declarada católica na Oceania, segundo os dados, possuem particularidades diante de suas localidades. Nas Ilhas de Wallis e Futuna, 100% da população se declara católica, cerca de 15.200 habitantes, seguida pelas Ilhas Guam e Wake (85,5%) e Ilhas Carolina (60%). Em quantidade absoluta, a Austrália possui mais de 6 milhões de católicos, seguida de Papua Nova Guiné (2 milhões dos 7 milhões) e Nova Zelândia (558 mil dos 5,1 milhões divulgados em 2022).
Por outro lado, nas Ilhas Pitcairn não há nenhum católico, pois toda a população são Adventistas dos Sétimo Dia. A porcentagem mais baixa de católicos encontra-se em Tuvalu (1%), Ilhas Fiji (8%) e Ilhas Marshall (8,5%).
A Igreja Católica no continente está organizada em 81 circunscrições eclesiásticas, incluindo arquidioceses, dioceses, vicariatos e missões “sui iuris”. Há 2.414 paróquias e 3.768 centros de atendimento pastoral. O clero é composto por 140 bispos, 4.729 sacerdotes e 404 diáconos permanentes. Há 8.483 irmãs religiosas, 1.682 irmãos religiosos e 15.171 catequistas e agentes de pastoral. Há também a Conferência Episcopal do Pacífico, que reúne arcebispos, bispos e superiores das missões “sui iuris” de 20 arquipélagos do Pacífico, organizado desde 1974, com sede principal nas Ilhas Fiji.
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Chegou em Futuna mais de um ano depois com um confrade, Ir. Delorme. O rei Niuliki os recebeu e hospedou na sua própria casa. Por lá, iniciaram o aprendizado da língua e dos costumes locais. A primeira Missa, em dezembro, foi celebrada em segredo na cabana construída para eles, e que depois se tornaria uma capela. Mas Pedro decidiu convidar para a Missa de Natal o rei e sua família. O evento foi muito apreciado, e logo muitos ilhéus vieram pedindo uma repetição. Aos poucos, Pedro dedicou-se à visitação das aldeias e ao cuidado dos idosos e enfermos, com bondade e mansidão, o que o tornou conhecido e atraiu a atenção para a Fé católica. Em dois anos, surgiram os primeiros pedidos para o Batismo.
A popularidade dos sacerdotes incomodou os idosos da ilha, desejosos de manter sua religião, tradições e costumes, bem como o rei Niuliki, temeroso de perder sua autoridade: impediu as missões, incitou que os religiosos fossem insultados, maltratados e roubados, promoveu a perseguição dos catecúmenos; Pedro e Delorme chegaram a ficar sem comida. Por fim tiveram que sair da ilha. Mas ao saber da conversão do próprio filho, o rei mandou matar os padres, executados a golpes de tacape em 28 de abril de 1841. Pedro foi o primeiro mártir marista e da Oceania.
O título de Nossa Senhora a ser padroeira na Oceania é a de Auxiliadora. Quando os primeiros missionários chegaram à Oceania, trouxeram consigo a fé católica com sua grande devoção a Maria. Ajuda contínua em seus esforços de evangelização e refúgio em suas dores e dificuldades, passaram a invocá-la com o título de Nossa Senhora Auxiliadora.
Mesmo já existindo essa devoção, em 1998, os bispos da Oceania, por ocasião da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Oceania, convocada pelo Papa São João Paulo II, consagraram a Oceania a Nossa Senhora, pedindo a sua intercessão pela Igreja e pelos povos da Oceania, proclamando-a padroeira desta região do Pacífico, com o título de Rainha da Paz.
:: A Igreja no Império do Oriente
Fonte: Consolata America/Milicia da Imaculada
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