Santo Padre

Morre Bento XVI, Papa emérito da Igreja Católica

Aos 95 anos, o Papa emérito deixou um legado de amor e serviço à Igreja

Escrito por Lais Silva

31 DEZ 2022 - 06H45 (Atualizada em 02 JAN 2023 - 11H46)

No último sábado, 31 de dezembro de 2022, a Igreja Católica recebeu a notícia de que seu Papa Emérito, Bento XVI, morreu às 9h34 no horário local (5h34 no horário de Brasília) no Mosteiro Mater Ecclesiae, situado nos Jardins do Vaticano.

O Papa Emérito estava aos cuidados das consagradas Memores Domini e por seu secretário pessoal, Dom Gerd Gänswein.

No início desta semana, o Papa Francisco já havia pedido orações por Bento XVI, falando sobre seu estado de saúde e pedindo para que Deus o consolasse e o sustentasse em seu testemunho de amor à Igreja até o fim.

Reprodução/ Facebook
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Funeral e sepultamento

O corpo do Papa emérito, Bento XVI, está na Basílica de São Pedro para que os fiéis possam prestar suas homenagens e rezar por seu encontro com Deus. Segunda-feira, 2 de janeiro a Basílica ficará aberta das 9h às 19h, já na terça e quarta-feira, das 7h às 19h. 

O funeral acontecerá na Praça São Pedro, quinta-feira, 5 de janeiro de 2023, às 9h30, no horário local e 5h30 no horário de Brasília. A celebração será presidida pelo Papa Francisco e ao final da Eucaristia, terão lugar a Ultima Commendatio e a Valedictio. O caixão será levado até a Basílica de São Pedro, para a cripta vaticana para o sepultamento.

Trajetória de Bento XVI

Joseph Alouisius Ratzinger iniciou seu pontificado em 24 de abril de 2005, após a morte de São João Paulo II. Foram 8 anos de trabalho à frente da Igreja Católica no mundo.

Bento XVI foi o 265º Papa da Igreja Católica e ficou conhecido como o Papa da coragem, já que, aos 85 anos de idade, renunciou sua posição por não ter mais forças para exercer o seu ministério.

Joseph viveu o período nazista e foi a simplicidade, bondade e fé de sua família que o conduziu ao caminho para Cristo, ao testemunhar em seu intimo a verdadeira fé em Deus.

Reprodução
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Aos 16 anos, estudava para ser padre e foi interrompido em sua vocação para servir ao seu país na infantaria alemã. Depois da guerra, retornou para Freising para continuar seus estudos no seminário.

Em 29 de junho de 1951 recebeu sua ordenação sacerdotal e em 1953 finalizou seu doutorado em teologia com a tese “Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho”.

Em 1977, foi nomeado como arcebispo de München e Freising, escolhendo como seu lema episcopal “Colaborador da verdade”.

“Escolhi este lema porque, no mundo atual, omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade, afirmou em seu discurso.

Em sua trajetória, foi também professor e vice reitor da Universidade de Ratisbona. Além de atuar em cargos de destaque na Conferência Episcopal Alemã e na Comissão Teológica Internacional.

No mesmo ano de sua ordenação episcopal, foi também nomeado cardeal pelo Papa Paulo VI. No ano seguinte, em 1978, participou do Conclave que elegeu João Paulo I como Pontífice.

Tempos depois, após o falecimento de João Paulo I, participou também do Conclave que culminou na escolha de João Paulo II, como Papa da Igreja Católica.Leia MaisBento XVI: A renúncia por amor à Igreja

Neste período foi nomeado para importantes funções e ocupou diversos cargos na Igreja, até ser escolhido como o novo Papa, após a morte de João Paulo II.

Após 8 anos de importantes trabalhos à frente da Igreja Católica, Bento XVI renunciou em 2008, deixando um legado e uma mensagem para todos os cristãos.

Em entrevista ao Portal A12, Dr. Rudy Albino de Assunção, professor dos cursos de Filosofia e de Teologia, e que há quase duas décadas se dedica ao pensamento de Bento XVI, falou sobre a mensagem que o Papa Emérito deixou:

“Para ser sintético: a mensagem central da renúncia é de que o que conta na Igreja não é o poder, o cargo, mas o serviço. E, acima de tudo, que a Igreja não é nossa, mas do Senhor. Ele governa a sua Igreja. Ele é o único insubstituível, se posso me expressar assim. Quem é humilde, desapegado e não vê a Igreja apenas como um organismo político, mas como “Povo de Deus em virtude do Corpo de Cristo” na comunhão do Espírito Santo, sabe dizer: “Não consigo mais. Não tenho mais forças físicas”. Para mim a renúncia de Bento XVI é a mais clara profissão de fé na providência divina”.





:: Bento XVI, o Papa da coragem e da humildade

Fonte: Vatican News

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