Notícias

Os Rebeldes Amorosos de Santo Afonso Maria de Ligório

O legado de audácia dos Redentoristas no Sudeste Asiático: de igreja em estilo tailandês ao acolhimento incondicional

Escrito por Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.

04 DEZ 2025 - 15H58

Instituto Histórico Redentorista

Durante a pandemia da Covid-19 os redentoristas ficaram conhecidos como “os rebeldes de Santo Afonso” nos círculos católicos do Sudeste Asiático, porque mantiveram as igrejas abertas, continuando a acolher a todos, cuidando dos doentes e dos idosos; respeitando os regulamentos e procedimentos anti-Covid, mas abertos e disponíveis!

As atividades em favor dos pobres e idosos que vivem perto da igreja continuaram, com todas as precauções necessárias. Por essa razão, como já acontecera em outros tempos, em outras crises, os missionários receberam muitas críticas.

Um dia um dos jovens missionários telefonou para um dos missionários americanos que mora na Tailândia há quase 60 anos para perguntar como ele recebia as críticas e, acostumado com elas por causa de seu trabalho em favor dos mais necessitados e dos pobres nas favelas, depois de ouvir com atenção, o experiente missionário respondeu: “Meu irmão, bem-vindo ao clube dos criticados, mas vá em frente!".

.:: Santo Afonso Maria de Ligório e as Missões Apostólicas ::. 

Pioneirismo e audácia em favor dos pobres

Essa história de atenção para com os “muitos feridos de nosso tempo”, como nos pedia o Capítulo Geral da Congregação de 2016, realizado lá mesmo na Tailândia, a história se repete desde o dia 19 de maio de 1949, quando aconteceu o desembarque de um pequeno grupo de redentoristas americanos na Tailândia e eles ali fizeram história cuidando, na esteira de seu fundador, Santo Afonso Maria de Ligório (que viveu no século XVIII), dos últimos, dos descartados, dos solitários da sociedade.

Em 1954, quando construíram uma igreja em forma de templo budista, atraíram muitas críticas sobre si. Os redentoristas daquela época, incluindo padre Ray Brennan, de origem irlandesa, estudaram a cultura tailandesa e pediram a alguns arquitetos que projetassem uma igreja de estilo tailandês, não querendo construir um edifício em estilo francês como estava na moda naquela época. Era preciso inculturar-se!

O resultado ainda hoje se destaca em uma rua não muito distante do centro comercial de Bangkok, a capital do país. A Igreja do Redentor é hoje um dos lugares mais conhecidos e apreciados tanto pelos tailandeses quanto pelos estrangeiros que ali chegam, sobretudo, aos domingos.

Na Tailândia, há um ditado entre os católicos: "Se você não pode se casar em sua paróquia, se você não pode batizar seu filho, se você não puder se confessar em nenhuma igreja, então vá para a Igreja do Redentor!".

Os testemunhos podem ser ouvidos tanto na Tailândia como no Vietnã, onde esses "rebeldes" chegaram em1925, vindos do Canadá.

Nestes anos de missão na Tailândia e no Vietnã, os filhos de Santo Afonso ajudaram muitas pessoas: ex-mulheres de rua, órfãos, deficientes, cegos, famintos, analfabetos, refugiados, pessoas que fugiam e pessoas que chegavam sabe-se lá de onde. E muitas vezes enfrentaram abusos e opressão em nome dos pobres.

Não faltaram dificuldades, erros e até alguns escândalos, mas o testemunho de cordialidade, felicidade, abertura, hospitalidade continuam sendo de grande valor, testemunho eloquente do que significa ser redentoristas nas mais distintas realidades do mundo.

.:: A beatificação de Santo Afonso Maria de Ligório ::.

Fonte: Instituto Histórico Redentorista

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R. , em Notícias

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...