No dia 15 de setembro de 1816, 29 anos após a sua morte, ocorreu na Basílica de São Pedro, em Roma, a solene cerimônia de beatificação do então Venerável Afonso Maria de Ligório.
Sua beatificação ocorreu no pontificado do Papa Pio VII, depois que esse retornou do exílio na França, aprisionado que fora pelas tropas francesas que o sequestraram no Palácio Quirinal, e do conjunto de acontecimentos tristes para a Igreja provocados pela expansão de Napoleão Bonaparte que somente terminaram quando o ex-imperador francês já havia perdido as últimas batalhas estando exilado na Ilha de Santa Helena, em meio ao Oceano Atlântico.
O sequestro do Papa Pio VII ocorreu em 1809, quando Napoleão Bonaparte invadiu e anexou os Estados Pontifícios, aprisionando o papa em uma operação noturna. O Pontífice foi levado para a França, onde permaneceu em cativeiro por cerca de cinco anos, exilado primeiro em Savona e depois em Fontainebleau. O Papa foi liberto apenas em 1814, após a queda de Napoleão.
O sequestro e exílio do Papa fez com que a vida da igreja em Roma se tornasse bastante tumultuada, como o atraso ou suspensão de muitos atos previstos, entre eles a beatificação do fundador dos Missionários Redentoristas.
Quando pode ser finalmente realizada, a cerimônia seguiu o ritual próprio de Roma dessa ocasião com a proclamação solene do novo beato, apresentação de suas virtudes e concessão do culto público. A beatificação aconteceu durante a celebração da Santa Missa na Basílica de São Pedro, onde se deu a exposição da imagem do novo beato e as orações oficiais.
Segundo o cronista e biógrafo de Santo Afonso, a imensa Basílica de São Pedro, como sempre acontece nessas cerimônias, foi preparada com ricas decorações, enchendo-se neste dia de milhares de fiéis, muitos provenientes de Nápoles e do sul da Itália, para oferecer ao Venerável Afonso e aos demais que com ele foram beatificados, as manifestações de honra da Igreja e o primeiro testemunho público de sua veneração.
Após a leitura do “Breve Pontifício”, a imagem do beato foi desfraldada, aparecendo de repente sobre a Cátedra de São Pedro, cercada por muitas luzes como uma coroa celeste.
Um coro de músicos cantou o Te Deum, os sinos tocaram em festa, o canhão do Castelo Sant’Ângelo fez ouvir o seu poderoso estrondo, o povo ajoelhou-se diante do homem que Deus queria glorificar, e de seu coração levantou-se esta oração: "Bem-aventurado Afonso, rogai por nós!"
Os missionários redentoristas da Polônia que ainda estavam exilados de sua pátria, também por causa das ações bélicas de Napoleão Bonaparte, muitos refugiados na Suíça e todos os que voltavam para os estados romanos, além daqueles de todas as casas redentoristas espalhadas pela Europa, vozes repetiram com confiança mais do que nunca, unidos como que a uma só voz: "Pai amado, Beato Afonso de Ligório, rogai por nós!" (P. Berthe, Vida de Santo Afonso, II, p. 659).
add Bartolo Longo: a santidade "nos bastidores" de quem o acompanhou
Fonte: Instituto Histórico Redentorista
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