Palavra Redentorista

Espiritualidade do Ícone da Mãe do Perpétuo Socorro: Deus nos redime no mistério pascal

Escrito por Pe. José de Lima Torres, C.Ss.R.

25 FEV 2022 - 09H49 (Atualizada em 23 MAR 2022 - 09H06)

Thiago Leon.

Como Ícone da Paixão, nos traz a cena do Mistério Pascal de Cristo: Jesus, como Menino nos braços da Mãe; como Crucificado pelo que vemos dos instrumentos da Paixão, como Ressuscitado e como Glorificado em sua condição divino-humana. O Senhor da Glória fez por trono os braços ternos da Mãe.

Maria participa de todos os momentos da Redenção e ensina a receber o Espírito Santo comunicado por seu Filho. Ela está presente também no Pentecostes de cada um, como o fez, quando levou Jesus em seu seio à casa de Zacarias. A criança saltou de alegria no seio de Isabel pela presença do Redentor que lhe dá o Espírito.

Maria está junto dos discípulos quando é derramado o Espírito em Pentecostes. Agora, dando-nos o Filho, com Ele nos é dado o Espírito para que se realize em nós a divinização e a transfiguração na sua imagem. A espiritualidade funda-se no Mistério Pascal de Cristo como um todo no qual Maria entra como redimida.

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A espiritualidade é, muitas vezes, apresentada somente como uma atitude pessoal para com Deus que nos faz santos.

Trata-se aqui do individualismo espiritual que acaba por nos limitar na vocação missionária que recebemos no Batismo.

Pelo precioso Ícone, aprendemos que a espiritualidade é algo que nos leva a sair de nós mesmos e ir, com Jesus, em busca das ovelhas perdidas mostrando-lhes Jesus Salvador, como o faz Maria. E, ao mesmo tempo, sendo seus enviados para buscá-las entre os espinheiros e penhascos da existência.

A espiritualidade intimista, referida acima, pouco tem a ver com o Evangelho. Ser santo é fazer o que Jesus fazia. Espiritualidade é a continuação da ação do Redentor que quer que todos se salvem e se entreguem por sua salvação.

Quando o Papa Pio IX, em 11 de dezembro de 1865, entregou aos Missionários Redentoristas o Ícone da Mãe do Perpétuo Socorro ele disse: “Fazei-a conhecida em todo mundo”. Não foi somente um culto que se espalhou, mas um modo de evangelização que se estimulou.

O amor por Nossa Senhora estimula a fazer conhecido Jesus como ela o fez. Eis a razão porque em tão pouco tempo essa devoção tenha penetrado em tantos países, sobretudo no meio dos pobres e ovelhas perdidas. É prova do valor evangelizador do Ícone. É uma força na evangelização redentorista que procura os mais abandonados.

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