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Frater Jovani Cuellar da testemunho de seu estágio pastoral no Brasil

Ser missionário redentorista é viver, amar e se doar

Escrito por Secretariado Vocacional Redentorista

20 DEZ 2022 - 11H00 (Atualizada em 20 DEZ 2022 - 18H00)

arquivo pessoal

Seu nome é Jovani Cuéllar Peña, é o terceiro filho de Arnulfo Cuéllar e Ana Ider Peña. Tem cinco irmãs (Laura, Estefania, Marcela, Isabella, Liana) e um irmão (Eimar). Nasceu em um povoado chamado Oporapa, do departamento (Estado) de Huíla, ao sul da Colômbia. Entrou na Congregação Redentorista no ano de 2014, especificamente, no Seminário Menor – Colégio São Clemente Maria Hofbauer. Fez o propedêutico no ano de 2015. Entre os anos 2016 a 2018, viveu o postulantado. No ano de 2019, em Piedecuesta, Santander (Colômbia), fez o noviciado. Nos anos de 2020 e 2021, viveu uma parte do juniorato. No ano de 2022, recebeu um grande presente de Deus de fazer seu estágio pastoral no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida no Brasil.

Este texto tem por objetivo fazer memória do seu estágio pastoral no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida e no clima de despedida, ressoam em seu coração as palavras do cantor e compositor brasileiro Roberto Carlos: “Já está chegando a hora de ir, venho aqui me despedir e dizer: 'Em qualquer lugar por onde eu andar, vou lembrar de você'”. O tempo vivido na “Casa da Mãe” será para ele inesquecível, pois sempre lembrará de seus confrades redentoristas e do povo brasileiro que o fizeram sentir como que em sua própria casa ou país. Relembrando o convite de Paulo aos cristãos de Colossos para fazer tudo em nome do Senhor Jesus, agradecendo por meio dele a Deus Pai (Cl 3, 17), Jovani expressa sua gratidão a Deus porque é consciente de que todas as pessoas e experiências que leva no coração são obras da vontade Dele. Todo o agradecimento é para Deus.

Desde o primeiro momento em que cheguei à “Terra de Santa Cruz”, senti o afeto humano dos brasileiros. Uma boa acolhida se mostra nas coisas simples, por exemplo, percebia o acolhimento quando visitava os meus confrades e, no momento, deixavam as suas tarefas para receber ao seu confrade colombiano, até então desconhecido; e, do mesmo jeito, quando cumprimentava os leigos e leigas. Descobri que os brasileiros sentem-se honrados de receber um estrangeiro. Foi tão boa a hospitalidade que até eu mesmo fui interpelado a buscar melhorias nas minhas práticas de acolhimento. Sempre senti como se estivesse em minha própria casa, em minha pátria.

Leia MaisA chegada dos Missionários Redentoristas em Aparecida 125 anos dos Missionários Redentoristas em AparecidaVeja a história dos Missionários Redentoristas em Aparecida!Nós membros da vida religiosa, somos seres humanos que seguimos a Jesus nas alegrias ou dificuldades da vida, pessoas que tentam caminhar nos caminhos do Filho de Deus. Lembrando-nos cada dia da consagração que, livre e voluntariamente, fizemos. Não sou ingênuo diante da realidade da vida comunitária dos religiosos, mas, mesmo com todas as mazelas que venham a acontecer, sinto-me privilegiado de ter vivido na comunidade redentorista do Santuário Nacional de Aparecida. Ela é composta de 38 confrades de pouca, longa e meia-idade. O número total de Missionários redentoristas vivendo na “Capital Mariana da Fé” chega a 68.

A constituição numero 22 da Congregação do Santíssimo Redentor diz que “a vida comunitária leva os confrades a porem em comum orações e deliberações, dores e trabalhos, sucessos e fracassos, e também os bens materiais, a serviço do Evangelho”; justamente foi o que consegui viver neste ano de estágio em Aparecida. Depois de rezar em comunidade, de alegrias e desafios partilhados, o meu agradecimento à Província Redentorista de São Paulo foi por ter me ajudado a querer viver a vida toda na Congregação fundada por santo Afonso de Ligório.

Outra constituição diz que “todos os redentoristas são, verdadeiramente, missionários, em quaisquer funções do ministério apostólico às quais se dediquem” (const. 55). Isso significa que o Redentorista é missionário em todo momento, e não tem uma função específica. Na casa da mãe, auxiliei principalmente nas animações da Santa Eucaristia e da Consagração à Nossa Senhora, atendimento na Sala das Promessas, acolhimento e organização nas confissões, plantão de bênçãos na Basílica Histórica, entre outras atividades.

Foi muito gratificante atender aos romeiros e romeiras no Santuário, escutar os seus testemunhos de fé, alegrias, tristezas, graças alcançadas; tudo isso foi para mim um grande tesouro de lembranças que ficarão no meu coração. Se na vivência com meus confrades redentoristas fortaleci a minha vocação, com o povo brasileiro, a minha fé ficou mais robusta. No ambiente da pastoral do Santuário, também consegui experimentar coisas novas, por exemplo, pela primeira vez pude falar diante de uma câmera de uma Rede Nacional de televisão (TV Aparecida), fazer gravações, participar de um programa de rádio, entre outros. O meu estágio foi uma escola maravilhosa que me possibilitou desenvolver as minhas habilidades para os meios de comunicação.

Nos últimos dias do estágio pastoral, várias pessoas, tanto confrades como devotos que visitam a “Casa da Mãe”, faziam-me o convite para que eu permanecesse no Brasil. Esses convites me fizeram refletir sobre duas coisas: 1) percebia o carinho sincero dos brasileiros, aquele acolhimento que me fazia sentir como em casa e não como um estrangeiro; 2) recordava o meu ser redentorista, a minha vocação missionária. As multidões também procuravam Jesus e queriam convencê- lo para que ficasse com elas. “Ele, porém, lhes disse: Devo anunciar também a outras cidades a Boa Nova do Reino de Deus, pois é para isso que fui enviado” (Lc 4, 43). O meu coração missionário não me permite ficar em um só lugar, e esse é o resultado da minha escolha, da qual estou muito orgulhoso. Em suma, o Redentorista foi feito para o mundo.

Secretariado Vocacional
Secretariado Vocacional
Jovani Cuéllar Peña na sacristia do Santuário Nacional


Ao concluir, lembro-me da frase de Dom Pedro Casaldáliga: “No final do caminho me dirão: E tu, viveste? Amaste? E eu, sem dizer nada, abrirei o coração cheio de nomes”. Esse é o meu sentimento ao retornar para a Colômbia. Levo no meu coração pessoas e experiências maravilhosas que fizeram mais feliz o meu estágio em Aparecida. Minha última palavra de gratidão, e não menos importante, é à Nossa Senhora Aparecida, Mulher que intercedeu em cada momento pela minha vida e vocação. Saio do Brasil sendo um grande devoto da Mãe querida do povo brasileiro.


Frater. Jovani Cuéllar Peña

Missionário Redentorista na Colômbia

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