O Santuário Nacional se tornou local especial para a abertura da 39ª semana do migrante. De 16 a 23 de junho, a Igreja no Brasil pede que os fiéis reflitam o tema Migração e Casa Comum e o lema: “Alarga o espaço da tua tenda” (Is 54,2).
Presidiu a celebração Dom João Aparecido Bergamasco, bispo de Primavera do Leste — Paranatinga (MT) e presidente da Comissão Episcopal para Comunhão e Partilha e presidente do Serviço Pastoral do Migrante. Ao redor do Altar Central, também e encontravam padres e irmãs missionários scalabrinianos, que fazem um trabalho caridoso aos migrantes.
Para Dom João, essa semana traz aos católicos uma missão especial, onde somos chamados a refletir que todos possuem o direito de procurar e buscar onde morar, onde pode ser a nossa pátria, a nossa terra.
“É um direito que nós temos, mas muitas vezes a migração acontece por situações adversas a nossa vontade, a busca de uma vida melhor, a falta de trabalho, as guerras, as políticas públicas que não chegam até nós e tenhamos que buscar um novo lugar pra viver com dignidade”.
Na Primeira Leitura (Ez 17, 22-24) o profeta Isaias e o profeta Ezequiel conduzem a ouvir a presença de Deus junto a um povo que é migrante, um povo que precisou deixar seu país forçadamente para ir para a Babilônia e agora, no meio de tanta desesperança, Deus promete esperança.
O Evangelho (Mc 4, 26-34) convida a todos, segundo Dom João, “a alargar a nossa tenda, o nosso espaço, a nossa vida para o acolhimento”. Jesus conta uma primeira parábola: a semente cai na terra e enquanto se dorme, ela cumpre a sua missão de produzir frutos.
“O próprio Jesus nos dá uma palavra que é capaz de mudar o rumo da nossa vida quando ele nos recorda, ‘eu era migrante, eu era estrangeiro, eu era peregrino e vocês me acolheram na vossa casa’, ‘Senhor, quando foi que nós fizemos isso?’ ‘Quando vocês acolheram um dos menores dos meus irmãos.’ É o grande convite do Senhor como palavra que é capaz de cair no nosso coração, capaz de fazer brotar, capaz de fazer produzir frutos.”
Na segunda parábola, a semente de mostarda, a menor de todas, cresce e estende os seus ramos onde os pássaros vêm aninhar-se, os animais vêm ocupar a sua sombra. É a Palavra de Deus que vai fortificando as comunidades e a Igreja e dando sentido para a missão.
“O Papa Francisco nos faz um grande apelo para o acolhimento aos imigrantes, cuidar, proteger, promover e conduzir para que a nossa missão como verdadeiros discípulos de Jesus Cristo e verdadeiro cristão possa se mostrar de maneira afetiva e efetiva, onde a nossa comunidade se abre e alarga o espaço da nossa tenda”.
Somos todos peregrinos, como lembra São Paulo na Segunda Leitura (2Cor 5, 6-10), com uma missão: apresentar diante do Senhor com um bem e o mal que nós fazemos e temos a missão de fazer o bem. “O grande convite que a Semana do Migrante traz para nós é fazer o bem acolhendo, protegendo e conduzindo”.
Ao final da homilia, Dom João agradeceu o trabalho dos missionários scalabrinianos, da pastoral do migrante e da Cáritas Brasileira na missão de dar uma vida digna aos migrantes que chegam nas comunidades.
“Que esses locais de acolhimento sejam como esse pé de mostarda que estende os seus braços, que se alargam para acolher a todos na certeza de que todos somos irmãos e irmãos, filhos e filhas do mesmo Pai”.
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