Nos dias atuais, enquanto o mundo corporativo redescobre a importância de princípios éticos e de um propósito como base na gestão, a estrutura do Santuário Nacional de Aparecida se destaca.
Como uma Igreja que se organiza como empresa, o Maior Santuário Mariano do Mundo conta com mais de 2 mil colaboradores por todo o complexo. Essa é uma missão que une fé, acolhimento e responsabilidade social. O Santuário Nacional atende aos pilares que hoje definem as chamadas Empresas Biblicamente Responsáveis (EBR).
Aqui, valores como acolhida, serviço, escuta e partilha são colocados em ação diariamente. O local conta com equipes que se dedicam desde a limpeza dos espaços até aqueles que têm o cuidado com figurinos e liturgia, que evidenciam zelo entrelaçado à missão da evangelização.
Fraternidade e cuidado também se manifestam no acolhimento a romeiros. A Casa da Mãe busca, sempre, ampliar e manter o profissionalismo para esse atendimento com as centenas de colaboradores e voluntários.
As decisões do Santuário priorizam a missão evangelizadora. Cada iniciativa excede o aspecto financeiro, focando no impacto espiritual e de acolhida à comunidade. Para receber bem a média de mais de 12 milhões de visitantes anuais, o Santuário integra processos administrativos e logísticos, fortalecendo a estrutura ao mesmo tempo, em que mantém o foco na acolhida do povo de Deus.
Ainda que pouco difundido no Brasil, este conceito de empresas ganha relevância em um cenário em que consumidores estão cada vez mais atentos aos valores humanos e à coerência entre discurso e prática. Nesse contexto, cresce o número de líderes empresariais que recorrem a princípios bíblicos para orientar suas decisões e construir uma nova cultura organizacional, com base em ética, propósito e responsabilidade.
Rede Aparecida de Comunicação acolhe devotos, em 2023
No Brasil, onde 86% da população se declara cristã e ao menos 30% dos pequenos empreendedores associam a fé às suas escolhas profissionais, começa a ganhar força um novo tipo de gestão: o das Empresas Biblicamente Responsáveis. No mundo, mais de 25 mil empresas já são consideradas nestes moldes. No país, ainda não há um número oficial consolidado, mas estima-se que cerca de 400 corporações adotem esse modelo.
O Santuário Nacional de Aparecida exemplifica como princípios bíblicos podem servir de alicerce para uma organização robusta, ética e voltada ao bem comum. Seus valores se materializam em práticas cotidianas de acolhida, em uma gestão com propósito, numa cultura organizacional fundamentada na fé e na integridade, reforçando o lema: “Acolher bem também é evangelizar”.
Sem ostentar formalmente este rótulo, o Santuário tem incorporado, há décadas, os princípios que definem as Empresas Biblicamente Responsáveis. Sua atuação se pauta por valores, como, respeito às pessoas e compromisso com a verdade, refletindo, de forma prática e coerente, os ensinamentos bíblicos no ambiente corporativo. Assim, mais do que um título, a vivência desses princípios se tornou parte natural da identidade e da cultura organizacional do Santuário.
O prefeito de Igreja do Santuário Nacional, Pe. Ferdinando Mancilio, C.Ss.R. destacou a máxima do Santuário de que ‘Acolher bem também é evangelizar’, vem do Evangelho de Jesus, brota da própria Bíblia Sagrada, porque fomos todos acolhidos por Deus em primeiro lugar.
Pe. Ferdiando Mancilio, C.Ss.R
“Outro sentido bíblico que as empresas hoje começam a invocar isto em seus colaboradores e que tem um grande sentido, é que Jesus é o sinal pleno da acolhida para todos nós. Se olharmos para Jesus como simplesmente alguém que veio aqui entre nós, aí nós não vamos resgatar todo o seu sentimento, todo o seu ensinamento para nós. Jesus é a expressão máxima absoluta da acolhida de Deus para conosco porque Ele veio morar entre nós. (...) Portanto, o Santuário anda nesta direção para acolher os peregrinos. Mas também o Santuário acolhe você como colaborador, como aquele que também exerce uma função dentro do Santuário que tem por finalidade última e única a evangelização das pessoas”, explicou.
O Missionário Redentorista ainda frisou como o Santuário é uma Igreja que se organiza como empresa e deixou um conselho aos colaboradores que atuam neste ramo de empresas biblicamente responsáveis.
“Todas as celebrações aqui dentro do Santuário, administrativamente, claro, têm que ser como uma empresa, mas o Santuário não é uma empresa. Certamente você ganha aqui como colaborador tantos valores, primeiro de descobrir o outro como teu irmão e tua irmã, como aquele que soma com você na mesma causa, como aquele que é capaz de olhar para frente. Não fique olhando em torno de si mesmo, por favor. Primeiro, acolha o outro, para você acolher a você mesmo. Porque em tudo que fazemos para o outro, o mais beneficiado sou eu mesmo. Então, o Santuário traz esse sentido de ‘acolher o outro também é evangelizar’. Mas isso tem que se realizar no relacionamento, na soma do trabalho, e não seja, por favor, aquele que pensa que o menos é mais, viu?”, orientou.
Em entrevista ao A12, o Editor do Núcleo de Publicações do Santuário Nacional, Victor Hugo Barros, que integra a equipe desde 2014, destacou que todo ser humano tem necessidade de acolhida, no entanto, mais do que um gesto humano, é também um gesto divino:
“Trabalho aqui há mais de dez anos e em todos esses anos eu vejo como a acolhida — seja dos colaboradores, seja dos voluntários, seja dos Missionários Redentoristas — faz a diferença na vida de tantas pessoas, que muitas vezes querem vir, ou melhor dizendo, que vêm ao Santuário Nacional e aqui têm o seu encontro com Deus pelas mãos da Senhora Aparecida e encontram no colaborador, na acolhida, feita pelo colaborador ou pelos religiosos, aquele momento necessário, muitas vezes, para um choro, para testemunhar uma graça alcançada, de modo que ele vem aqui sentindo-se acolhido e passa também a ser mais acolhedor. E nós fazemos isso porque cumprimos um mandato do próprio Cristo. O Santuário não faz isso apenas para que as pessoas se sintam bem. Isso também faz parte, claro, mas o faz, sobretudo, por conta desse mandato do próprio Deus”, frisou.
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Fonte: Gueratto Press
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