Faz parte da nossa fé, vivenciada desde a infância — na família, na catequese, no dia a dia das nossas comunidades —, a presença de Maria ao lado de Jesus. Por isso, ao rezar o “Pai-nosso”, logo sentimos a necessidade de uma “Ave-Maria”. Nada mais justo do que reconhecer a importância da mulher que acompanhou Jesus desde a manjedoura até a cruz. Mas o que nos leva à reflexão é o fato de Maria não ser mencionada explicitamente nos relatos das aparições de Jesus ressuscitado.
Podemos perguntar: como poderia Jesus, o Filho amoroso e obediente, não consolar sua Mãe, que permaneceu fiel até o fim? Maria é testemunha silenciosa da Ressurreição. De que maneira? Através da fé verdadeira, que não precisa de sinais para acreditar, mas se sustenta na confiança na Palavra de Deus. É como dizer, acrescentando à conhecida frase de Maria nas Bodas de Caná: Fazei tudo o que a Palavra de Deus vos mandar, pela boca do meu Filho.
O questionamento da ausência de Maria nas narrativas das aparições do Ressuscitado já foi refletido e respondido por muitos teólogos, religiosos e pela piedade popular. Veja o que diz o teólogo dominicano Frei José Maria Lagrange:
““A piedade dos filhos da Igreja tem por certo que Cristo ressuscitado apareceu primeiro à sua Santíssima Mãe. Ela O alimentou com seu leite, guiou-O durante a infância, por assim dizer, apresentou-O ao mundo nas Bodas de Caná e não tornou a aparecer senão aos pés da Cruz. Mas Jesus consagrou somente a Ela e a São José trinta anos de sua vida oculta: como não dedicaria somente a Ela o primeiro instante de sua vida oculta em Deus? Não havia interesse em divulgar esse dado nos Evangelhos; Maria pertence a uma ordem transcendente, na qual está associada, como Mãe, à paternidade do Pai em relação a Jesus. Submetamo-nos à disposição do Espírito Santo, deixando esta primeira aparição de Jesus às almas contemplativas.””
Frei José Maria Lagrande
Movida pela esperança nas promessas do Pai, Maria não se desesperou na escuridão do Calvário, porque já via, com os olhos da alma, o nascer da Páscoa. Nós também somos chamados a ser testemunhas da Ressurreição. Em meio às desesperanças do mundo, devemos refletir, à luz do Ressuscitado, a força da Esperança que brota dessa “Chama Viva”.
A devoção do Papa Leão XIV a Nossa Senhora
O Papa Leão XIV, em seus primeiros passos como pontífice, tem demonstrado uma forte devoção mariana, e a busca por seguir seu exemplo.
Vaticano publica nota doutrinal sobre títulos marianos
Aprovado pelo Papa Leão XIV, o documento publicado é fruto de um trabalho de vários anos e destaca a preocupação dos últimos pontífices em relação ao tema.
Estudo e partilha marcam o IV Congresso Bíblico de Aparecida
Já consolidado pela Academia Marial de Aparecida, o evento é uma importante ferramenta de formação e de incentivo ao aprofundamento na Bíblia Sagrada.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.