Por André Luiz Oliveira Em Palavra do Associado Atualizada em 30 OUT 2020 - 13H57

70 anos do dogma da Assunção

LittlePerfectStock/ Shutterstock
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Há 70 anos o papa Pio XII proclamava o dogma da Assunção de Maria aos céus. Um 1º de novembro de 1950 que marcaria a história, em um momento sem precedentes, apenas 5 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O dogma da Assunção foi a resposta do magistério para a humanidade, o romano pontífice ensinou ao mundo moderno a dignidade da pessoa humana em sua totalidade: corpo e alma. A prefiguração apocalíptica de Maria (Ap 12) a apresenta como um sinal glorioso no céu, o brilho reluzente da Virgem invadiu os campos de concentração e iluminou o coração e as mentes das nações, como um sinal contrarrevolucionário.

A Assunção diz que o homem deve ser tratado com respeito, este dogma foi um ponto final à crueldade prepotente dos déspotas. Abstendo-se de quaisquer questões polêmicas proclamou o papa Pio XII na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “proclamamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial.”

Com essas letras ele isentou-se das discussões controversas acerca da “morte” de Maria, coube ao magistério a declaração da elevação ao céu e a participação na visão beatífica da Trindade. Quando Maria foi elevada ao céu ela levou consigo todo o gênero humano, Maria nos precedeu, ela já é o que nós somos chamados a ser. Quando Maria adentrou na glória celeste foi como se novamente Deus passeasse no jardim durante a brisa da tarde (Gn 3,8), novamente o gênero humano viu a Deus. O dogma levou em conta toda a Tradição, que já nos primeiros séculos, aceitava a Assunção como uma verdade de fé, o que surgiu inicialmente do sensus fidelium como uma devoção, desenvolveu-se em doutrina e no segundo milênio foi proclamado dogma em ex cathedra. Essa verdade de fé marial pertence ao depósito da fé, e mesmo não estando contida nas Sagradas Escrituras, tem uma singular relevância, é certamente uma verdade cristológica. Trata-se de uma ação escatológica, que nos transporta para uma realidade que será nosso fim último, contemplaremos a Deus em sua glória. Celebrando os 70 anos da proclamação do dogma da Assunção suplicamos a Beatíssima Virgem sua singular intercessão materna e o privilégio de vermos a Deus em sua totalidade.   

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