Para quem é devoto de Nossa Senhora, o Tempo do Advento é o mais sublime na companhia da Santíssima Virgem, pois Deus concedeu ao devoto mariano a graça de estar ao lado do Sim dado por Maria ao Arcanjo Gabriel e, dessa forma, na esperança de toda a cristandade, acompanhar com fé a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Advento é o tempo para prender-se mais nas orações e meditações do Santo Rosário, nos exames de consciência, nos pedidos de intercessão de Nossa Senhora para que haja uma verdadeira conversão à santidade, nos esforços de uma autêntica vida cristã, sendo tudo isso possível somente estando unido à nossa Mãe, acorrentado ao seu consentimento em ser a nova Arca da Aliança, o novo, o eterno e único Sacrário salvífico do homem decaído.
A Escritura Sagrada, do início ao fim, conta com a realização de suas revelações e profecias como Verbo Divino, só cabendo a expectativa na certeza imutável de seu cumprimento do que está reservado ou destinado. Essa certeza é uma persuasão íntima, uma convicção, uma estabilidade e uma segurança decorrente de um conhecimento que pode ser demonstrado e que é evidente, portanto suficiente, pelo amor de Deus pelos homens e pelo amor da Santíssima Virgem aos seus filhos, tendo seu ponto culminante nas palavras de Maria ao Arcanjo enviado: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra!” (Lc 1,38)
O começo da redenção do gênero humano perpetua-se dignamente com a comemoração da primeira vinda de Jesus Cristo, como um Pequeno Infante, encarnado nas puríssimas entranhas da Mãe do Redentor do mundo. Consequentemente, desejar ardentemente o grandioso benefício, uma graça gratuita que é a Encarnação do Filho de Deus, é estar ecoando a sublime submissão da Virgem de Nazaré à Deus Pai nesse mundo.
Na espera e na preparação para o advento de Cristo, a prática religiosa da oração cotidiana do Pai Nosso está estreitamente ligada por afeição e familiaridade, quando recitado com asseveração e fidelidade o “vem a nós o vosso Reino!”. A incerteza do tempo do glorioso advento de Nosso Senhor Jesus Cristo, transforma-se na certeza do advento do Reino de Deus e destruição do reino de Satanás.
Os sinais no sol, na lua, nas estrelas, as angústias na terra pelas nações aflitas pelo grande ruído do mar e das ondas, o medo, as ameaças ao mundo, são as ordens divinas do juízo final por meio visíveis e auditivos da perfeita manifestação do princípio supremo da razão universal manifestado e aguardado como Filho de Deus Pai, feito homem no aspecto à carne pela Mãe Cheia de Graça. “Quando começarem a acontecer essas coisas, erguei-vos e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação.” (Lc 21,28) Por conseguinte, para poder olhar de frente o Filho do Homem, é absolutamente necessário a vigilância e o auxílio de Maria Santíssima.
Se “aquele que atesta estas coisas, diz: ‘Sim, venho muito em breve!’” (Ap 22,20), que o conjunto dos povos e países cristãos bradem nesse Tempo do Advento: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20)
Que pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, Terra de Santa Cruz, “a graça do Senhor Jesus esteja com todos! Amém.” (Ap 22,21)
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