O jubileu é uma tradição profundamente enraizada na história da fé cristã, remontando às práticas antigas do povo de Israel. Ele representa um tempo especial de graça, perdão e renovação espiritual.
A cada jubileu, a Igreja nos convida a mergulhar mais profundamente na experiência da misericórdia divina, oferecendo a oportunidade de:
O ano santo é um tempo de graça, como explica o Papa São João Paulo II: “O jubileu é um tempo providencial que, por sua própria natureza, convida à alegria e à esperança.” (Carta Apostólica Tertio Millennio Adveniente).
Desse modo, neste tempo de renovação espiritual, somos convidados a reavivar a vida de oração através da meditação da palavra divina e da vivência dos sacramentos.
É uma oportunidade de abandonar hábitos que nos afastam de Deus, praticar a virtude e fortalecer nosso desejo de perseverar no caminho da fé.
A tradição bíblica
Na tradição bíblica, o jubileu era celebrado a cada cinquenta anos. Conforme descrito no livro do Levítico, o ano jubilar era um tempo de libertação: dívidas eram perdoadas, escravos eram libertados e a terra voltava a seus proprietários originais.
O termo “jubileu” vem de “júbilo”, que se relaciona à corneta que anunciava o “ano da graça do Senhor” (cf. Lv 25,8-17). O jubileu é tempo de alegria e gratidão.
O Jubileu da Esperança
Estamos vivendo este tempo com o Jubileu da Esperança, que teve seu início marcado pela abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro pelo Papa Francisco nas vésperas do Natal, em 24 de dezembro.
O Papa, ao anunciar a princípio do 28º Jubileu da história da Igreja Católica, proclamou a seguinte oração:
“Ancorados em Cristo, cruzamos o limiar deste templo santo e entramos no tempo da misericórdia e do perdão, para que a cada homem e a cada mulher seja aberto o caminho da esperança que não desilude.”
Papa Francisco
O Papa Francisco, ao convocar o Jubileu, nos chama a viver de maneira especial um caminho de renovação como peregrinos da Esperança:
“Todos esperam. No coração de cada pessoa, encerra-se a esperança como desejo e expetativa do bem, apesar de não saber o que trará consigo o amanhã (...) Que o Jubileu seja, para todos, ocasião de reanimar a esperança!”
Papa Francisco, Spes non confundit, bula de proclamação do jubileu
Os frutos espirituais do Jubileu
Os frutos espirituais deste caminho de esperança convocado pelo Santo Padre são inúmeros. Em primeiro lugar, está o fortalecimento da fé.
Ao vivenciar o perdão e a graça de Deus de maneira tão intensa, somos encorajados a renovar a confiança em Deus e a aprofundar nossa união com Ele.
A confissão sacramental, tão incentivada durante o jubileu, se torna um caminho concreto de reconciliação.
Outro fruto importante é a caridade. Inspirados pela misericórdia recebida, somos chamados a estender essa mesma misericórdia aos outros, especialmente aos mais necessitados.
O jubileu nos convida a sermos mais generosos e compassivos, ajudando a construir uma sociedade mais justa e fraterna.
“O perdão de Deus, que é oferecido a todos como dom da graça, deve ser compartilhado através da prática das obras de misericórdia.”
Papa Francisco, Misericordiae Vultus, 14
Conseguiu compreender a beleza e profundidade deste tempo? O jubileu é verdadeiramente um momento de graça e renovação que nos chama a uma conversão sincera.
Transformados e renovados pela misericórdia de Deus, nos tornamos testemunhas de Esperança em nossa vida pessoal e em nossa sociedade.
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