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As memórias do beato redentorista Basílio Velychkovskyi

Em 1925, aos 22 anos, o beato Basílio foi ordenado sacerdote e viu na vocação redentorista o chamado de Deus. Sua lembrança revela fé, humildade e amor à missão.

Escrito por Redentoristas

31 OUT 2025 - 07H50

Instituto Histórico Redentorista

Há 100 anos, em 1925, na capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no convento redentorista da aldeia de Zboyska (agora parte de Lviv), o beato mártir Vasily (Basílio) Vsevolod Velichkovsky era ordenado sacerdote. Anos depois, ele mesmo narrou a lembrança e a emoção daquele dia bendito.

Dia abençoado e feliz

Era o ano de 1925. Na época, eu ainda era diácono e, ao mesmo tempo, estudava, pois estava concluindo meus estudos teológicos.

Eu não poderia receber o sacerdócio pela falta dos anos necessários, pois era muito jovem (A regra canônica previa idade mínima de 24 anos para a ordenação sacerdotal). Escrevi então uma petição à Sé Apostólica solicitando a dispensa e em pouco tempo a recebi.

Mais um dia jubiloso, 9 de outubro de 1925, na festa da Assunção de João, o Teólogo, aos 22 anos, recebi o sacerdócio das mãos de Dom Joseph Botsyan, bispo de Lutsk, um grande homem justo que tinha recebido o episcopado do Metropolita Andrew durante o seu exílio em Kiev.

Nosso Metropolita Andrew estava de férias em Pidlyuty naquele tempo e então o gentil bispo Joseph Botsvan veio até nós em Zboisk, e aqui, na pequena igreja do mosteiro, fez esta grande obra, concedendo-me o sacerdócio.

Agora, não havia nada mais que meu coração pudesse desejar, porque eu tinha tudo e podia fazer tudo em Jesus, que tenho em minhas mãos, a quem ofereço em sacrifício, a quem dou ao povo. Cristo é minha força, Deus e Senhor!

Meu coração estava repleto de alegria, embora fosse tão pequeno e carente.

Naquela alegria, na festa da Santa Proteção da Santíssima Theotokos (Nossa Senhora Mãe de Deus), trouxe o ícone da Virgem Maria para a casa da minha família, onde celebrei solenemente meu primeiro serviço divino.

Meus parentes bons e virtuosos também estavam cheios de alegria e toda a paróquia também se alegrou. Meu tio, padre Pavlo Teodorovich OSBM, veio pregar na celebração.

Durante as férias, de acordo com o costume que permitia que os professores pudessem ir a outro mosteiro para o seu retiro anual de 10 dias, fui para Zarvanytsia, onde está localizado o Ícone Milagroso da Mãe de Deus, e ali, na floresta, em um modesto, mas esplêndido mosteiro da Ordem Studita, em uma pequena cela, encontrei verdadeiro descanso espiritual, experimentei verdadeiros gozos espirituais durante meu retiro.

.:: Conheça a história de Basílio Velychkovskyi ::.

Por que ser redentorista?

Eu disse a mim mesmo que, se não tivéssemos a Ordem Missionária do Santíssimo Redentor, eu entraria no mosteiro da Ordem Studita.

A Ordem de São Basílio, o Grande, tem muito a ver comigo, está próxima de mim, pois sete dos meus parentes mais próximos estão lá e lá também estive por um curto período (por causa da guerra) no ginásio de Buchach intitulado São Josafá, mas meu coração não estava inclinado para o mosteiro da Ordem de São Basílio, o Grande.

Eu mesmo não sei por quê, mas é por isso que sou membro da Congregação do Santíssimo Redentor, porque essa é a vontade de Deus e porque o Salvador me chamou, ali é o meu lugar, onde devo cumprir a missão que me foi confiada por Deus, e ali com Jesus entregar-me em sacrifício pela Igreja e pelo povo.

Após o retiro, tive uma ideia e fui a Buchach, ao mosteiro da Ordem de Basílio, onde passei parte da minha infância. Eles me receberam muito cordialmente.

O Padre Igumen Jacyk me convidou para a refeição monástica e, durante o almoço, disse a todos que eu era o primeiro sacerdote do Instituto de São Josafá, porque meus companheiros mais antigos daquele Instituto, padres Kamenetsky, Markiv e Shipitka, entraram no mosteiro da ordem mais tarde e se tornaram padres. Embora eu não tivesse ido normalmente, cheguei lá primeiro. Glória e ação de graças a Deus e a Maria por isso!

Lembro-me também que, quando ainda estudava teologia no Seminário Teológico, meu tio, padre Pavlo Teodorovich OSBM, me aconselhou a pedir ao reitor que me enviasse para estudar em Roma a fim de obter meu doutorado (onde ele já estivera).

Quando mais tarde contei à minha tia M. Monica OSBM, que me aconselhou a entrar na Ordem do Santíssimo Redentor, sobre o conselho do tio Pavlo, ela disse: "Considere que, devido ao fato de que você não terá um título inútil de doutor, você pode ser um missionário ao menos por um ano e quantas almas você poderá salvar, salvar da destruição!

Obviamente, essas palavras, como "argumentum ad hominem", tiveram uma força decisiva. Obviamente, não porque os estudos superiores em teologia e o doutorado fossem inúteis, mas porque Deus quis que meus estudos superiores fossem na cruz do Redentor e meu doutorado sobre o tema da humildade do Coração de Jesus.

.:: A "Igreja do Silêncio" do mártir redentorista ::.

Fonte: Tradução livre: Pe. Inácio Medeiros, C.Ss.R.

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