Uma semana após a Festa da Padroeira, romeiros e devotos de todo o Brasil se reuniram mais uma vez no Santuário Nacional para celebrar o Dia Mundial das Missões e da Infância Missionária, em comunhão com a Família Orionita.
A Santa Missa das 8h foi presidida por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida, que saudou com carinho os peregrinos e destacou:
“Quem reza, sustenta a missão. Quem parte, torna visível o amor que rezamos.”
O arcebispo iniciou a celebração invocando o Espírito Santo, pedindo que o amor de Jesus reacendesse nos corações dos fiéis o ardor missionário, confiantes na intercessão da Mãe Aparecida.
“Ela olha nos seus olhos, ouve seu clamor, lhe abraça como filho. Aqui está Aquela que é cheia de graça”, disse, lembrando que Maria é o modelo da Igreja em saída.
Inspirado no Evangelho, Dom Orlando refletiu sobre a preocupação de Jesus: “Quando o Filho do Homem voltar, encontrará fé sobre a terra?” Para o arcebispo, essa pergunta revela a urgência da missão.
“A fé é o impulso da missão. Sem fé, a Igreja se apaga. Com fé, nossos pés se tornam missionários.”
Ele explicou que a missão tem dois pulmões: a oração e a ação.
“Moisés rezava de braços erguidos; essa é a imagem da Igreja. Quem reza, envia; quem parte, testemunha o amor que rezou.”
O arcebispo ainda lembrou que ler a Palavra de Deus é essencial para o discípulo missionário:
“Quem não é bíblico, não será discípulo; e quem não é discípulo, nunca será missionário.”
Com seu costumeiro tom firme e próximo do povo, Dom Orlando insistiu na urgência da missão:
“Missão em todos os lugares, todos os dias, lá onde Jesus não é conhecido e também onde a fé foi esquecida.”
Ele convidou os católicos a visitarem as casas e evangelizarem a partir da convivência e da amizade.
“A visitação atrai as pessoas para Jesus. No mundo, entre dez pessoas, só três conhecem Jesus. Como não ser missionário?”
O arcebispo alertou que a missão começa em casa:
“Os pais são os primeiros missionários, mas muitos perderam a fé. Padrinhos e madrinhas, sejam missionários de seus afilhados. Não deixem que se percam.”
Para Dom Orlando, a missão não se reduz às palavras, mas ao testemunho:
“Prefiro uma Igreja com os pés cheios de lama, porque vai à estrada missionária, do que uma Igreja doentia e parada.”
Ele destacou o exemplo das crianças da Infância Missionária, que evangelizam outras crianças e ajudam nas missões pelo mundo.
“Criança evangeliza criança, e quando é missionária, se torna generosa. A missão está só começando: vamos acordar!”
A presença da Família Orionita na celebração foi lembrada com gratidão. Inspirados por São Luís Orione, os religiosos e leigos são sinal do amor de Deus em ação.
“Dom Orione acreditou na Divina Providência e se fez missionário dos operários, dos jovens e dos pobres. Sua fé se traduzia em obras: cuidava dos doentes, dos órfãos, dos leprosos. Isso é evangelho vivido”, afirmou Dom Orlando.
Consagração missionária
No final da celebração, um representante da Família Orionita conduziu a Consagração a Nossa Senhora Aparecida.
Dom Orlando concluiu convidando todos a repetirem com ele:
“Missão se faz com os pés dos que partem, com os joelhos dos que ficam e com as mãos que ajudam.”
No encerramento, o arcebispo resumiu o sentido do Dia das Missões em um convite simples e direto:
“Vim ao Santuário. Quero ser missionário!”
Esse é também o apelo para cada católico: voltar para casa decidido a testemunhar o amor de Deus, nas ruas, nas famílias, no trabalho e na comunidade.
A missão não começa em terras distantes, mas onde há alguém que ainda não conhece Jesus.
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