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Santuário Nacional abre Mês da Bíblia: "A esperança não decepciona"

Dom Leomar Brustolin abriu o Mês da Bíblia no Santuário Nacional com reflexão sobre a humildade e a força da Palavra de Deus.

Escrito por Luciana Gianesini

31 AGO 2025 - 18H40 (Atualizada em 31 AGO 2025 - 19H30)

Mariana Joffre/ A12

Na noite deste domingo (31), às 18h, o Santuário Nacional de Aparecida acolheu os devotos de Nossa Senhora na Santa Missa que marcou a abertura do Mês da Bíblia 2025.

A celebração foi presidida por Dom Leomar Antonio Brustolin, arcebispo de Santa Maria/RS e presidente da Comissão de Animação Bíblico-Catequética da CNBB, e concelebrada por Dom Andherson Franklin, bispo auxiliar de Vitória/ES e também membro da comissão.

Também estiveram presentes missionários redentoristas, como o padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R., reitor do Santuário Nacional, padre Pablo Vinícius, C.Ss.R., diretor-adjunto do Portal A12, e padre Jorge Américo, C.Ss.R., prefeito de Igreja do Santuário Nacional.

Mariana Joffre/ A12 Mariana Joffre/ A12


A celebração eucarística foi transmitida pela Rede Aparecida de Comunicação e contou com a presença de religiosos, religiosas e peregrinos que vieram até a Casa da Mãe Aparecida para iniciar o mês dedicado à Sagrada Escritura.

Leia MaisMissa no Santuário encerra Mês Vocacional com bênção aos catequistas Neste mesmo dia, encerrando o mês vocacional, a Igreja no Brasil também recordou a vocação dos catequistas, reconhecendo a missão de quem anuncia a fé e conduz comunidades no caminho do Evangelho.

Humildade como chave para a vida cristã

Na homilia, Dom Leomar convidou os fiéis a refletirem sobre o valor da humildade, a partir da liturgia do domingo. Ele lembrou que a primeira leitura apresenta a humildade como critério de grandeza diante de Deus: “Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor”. Para o arcebispo, a vida cristã só encontra sentido quando é guiada por essa virtude.

Com uma linguagem simples e próxima, ele exemplificou:

“Daqui a muitos anos, a gente só vai lembrar das pessoas mais humildes, como Teresa de Calcutá e Francisco de Assis. São os humildes que ficam gravados na memória do coração”.

Nesse sentido, destacou que a humildade torna o cristão livre, capaz de viver aberto à graça de Deus e atento às necessidades do próximo.

Mariana Joffre/ A12 Mariana Joffre/ A12

Para ilustrar, comparou a vida cristã a um jogo de xadrez:

“No jogo da vida, o rei é Deus. Mas a peça mais importante é a rainha, que representa a humildade. Se você perde a humildade, perde o jogo. Sem humildade, não tem santo, não tem Nossa Senhora, não tem nem pessoas. Por isso, cuide da humildade como se fosse a peça central da vida”.

A Palavra que sustenta a vida

O arcebispo também fez um forte apelo ao contato cotidiano com a Sagrada Escritura. “Quantas vezes você lê a Palavra de Deus por dia, por semana ou por mês? A Bíblia na sua casa é um enfeite de parede ou você a abre para começar o dia?”, questionou.

Segundo ele, mesmo um versículo pode iluminar os desafios diários:

“Uma frase basta para sustentar o dia: ‘Se Deus é por nós, quem será contra nós?’ ou ‘Tudo posso naquele que me fortalece’. Já pensou acordar diante de um problema e ouvir: ‘Não tenhas medo, eu estou contigo’? Essa é a força da Palavra de Deus”.

Dom Leomar destacou ainda que rezar não é apenas falar, mas sobretudo escutar:

Não tem forma melhor de escutar o Senhor senão na Palavra. Cada página, cada escritura é uma chama, cada versículo é uma promessa, cada história um eco do amor de Deus que não desiste de nós”.

A esperança tem um nome

O tema bíblico escolhido para 2025 é a Carta de São Paulo aos Romanos. Inspirado neste texto, o arcebispo repetiu várias vezes com a assembleia: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). E explicou: 

“A esperança não decepciona porque tem um nome: Jesus. Ele é o hospedeiro do banquete do Evangelho que ensina com ternura e firmeza que os últimos são os primeiros e que os excluídos são os convidados da mesa do Reino” Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria/RS e presidente da Comissão de Animação Bíblico-Catequética da CNBB

Ele lembrou que Jesus não apenas fala de esperança, mas a encarna na sua missão: “Quando convida pobres, cegos e aleijados, Ele está dizendo que a esperança não é privilégio dos fortes, mas força dos frágeis. Ela floresce no invisível, no escondido, na dor atravessada com fé”.

Na homilia, o arcebispo citou também Santo Agostinho:

“Duas coisas matam a alma: o desespero e a presunção. O desespero é a falta de esperança, e a presunção é a falsa esperança. É preciso confiar: tudo está nas mãos de Deus, e tudo está em boas mãos”.

Maria, Mãe da Palavra e modelo de esperança

Concluindo sua reflexão, Dom Leomar confiou à Mãe Aparecida o caminho da Igreja durante este mês:

Maria é a mulher do silêncio grávido de fé, do Magnificat que antecipa a vitória dos pobres. Ela viveu a esperança que não decepciona. Que sua presença amorosa nos ensine a escutar, guardar e viver a Palavra”.

O bispo encerrou lembrando que, diante das dificuldades da vida, a Palavra sempre ilumina:

“Eu não sei qual é o seu problema, mas tenho certeza de que se você ler mais a Palavra, não terá sempre uma solução, mas terá luz. E nada é pior do que enfrentar um problema no escuro e sozinho. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Nada poderá nos separar do amor de Deus”.

Com essa celebração, a Igreja no Brasil deu início ao mês em que cada comunidade é convidada a mergulhar na Sagrada Escritura, renovando a fé, a esperança e o compromisso de viver a Palavra no dia a dia.

Reveja a celebração:



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