Santuário Nacional celebra a Solenidade da Santíssima Trindade

Neste domingo (04), a Igreja Católica celebra a Solenidade da Santíssima Trindade, quando celebramos o mistério de nossa fé católica, o Mistério do Deus Uno e Trino.

No Santuário Nacional de Aparecida a celebração das 8h, no Altar Central, foi presidida pelo arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, animada pelo Missionário Redentorista, Ir. Carlos José da Cunha e concelebrada pelos demais sacerdotes presentes.Leia MaisA Santíssima Trindade e a vida espiritualO que é a Santíssima Trindade?

Ao iniciar a preparação da Santa Missa, Ir. Carlos saudou a todos os fiéis presentes e também a todos que acompanham a transmissão da celebração pela Rede Aparecida de Comunicação, chamando-os para participar da celebração da Solenidade deste domingo.

“Solenidade da Santíssima Trindade nos faz mergulhar no mistério de um Deus que sendo amor fez-se três pessoas para alcançar de modo pleno toda a nossa humanidade”.

Ao iniciar sua reflexão para este domingo, Dom Orlando enfatizou aos fiéis que todos nós cristãos somos amados por um só Deus, em três pessoas.

“Cada um de nós pode dizer: Eu sou amado e amada por Deus Pai. Eu sou amado e amada por Jesus. Eu sou amado e amada pelo Espírito Santo. O que mais queremos nós?”

Continuando a reflexão, o arcebispo lembrou da primeira leitura desta Santa Missa que falava de quando Moisés estava no Monte Sinai, já realizando a aliança que representa a unidade de Deus conosco. E ele refletiu que nós cristãos, diante desta aliança e diante da Santíssima Trindade não podemos ser inimigos, temos que ser aliados, temos que formar comunidade, formar família.

“A Santíssima Trindade é família. Então a sua família, a nossa família é o reflexo da Santíssima Trindade. Não esqueça da trindade da sua casa! E como vou ser trinitário em casa? Na unidade, no diálogo, no perdão, trabalhando juntos, isso é viver uma espiritualidade trinitária”.

O arcebispo refletiu também sobre a segunda leitura, que fala sobre a segunda carta de Paulo aos Coríntios, quando ele pede para que eles vivam a paz e saúdam uns aos outros, que vivam em comunhão.

“Paulo, o apóstolo fala sobre sua Paróquia, sua comunidade, da sua Igreja, e diz: Nós somos o reflexo do amor de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, a Igreja da Trindade e uma Igreja da trindade não é briguenta, não tem divisão”.

Em seguida, Dom Orlando nos lembrou do amor de Deus, ao falar sobre o Evangelho do dia.

“Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito” João 3, 16-18

“Se Deus é família, o que Deus quer enviando Jesus ao mundo? Que o mundo inteiro seja uma grande família a exemplo da Trindade. Eu não estou falando abobrinha, estou falando a doutrina social da igreja que realmente quer ver o mundo como uma grande comunhão. E nós estamos em guerra, isso é um pecado contra a trindade, porque deveríamos ser esta grande família da trindade”.

O arcebispo refletiu ainda sobre as atitudes de uma espiritualidade trinitária, enfatizando que os cristãos devem viver em comunidade, em comunhão e devem ser fraternos.

“A igreja sempre fala de comunhão, participação, inclusão, tudo em nome da Santíssima Trindade, não da pra falar de Igreja e nem de família sem a Santíssima Trindade, porque foi ela que nos criou. No fundo a espiritualidade trinitária é comunicação, diálogo, convivência entre nós e por tanto, é sinodalidade”.

Dom Orlando lembrou ainda que o Papa Francisco pede a Igreja para viver a sinodalidade, ele pede para “caminhar juntos”. Em seguida reforçou a reflexão sobre como ser um coração trinitário.

“Quem tem um coração trinitário, reparte o pão. Quem tem o espirito trinitário trabalha no time e não faz gol contra. Quantos de nós fazemos gol contra a unidade da Igreja? Com grupos fechados, com egoísmos, com tradicionalismos, com pecados antitrinitários. O fechamento, a indiferença, isso não é trinitário; o trinitário é solidário, fraterno, ajuda a unir”.

Veja como foi a Santa Missa: