Por Pe. Victor Hugo Lapenta, C.Ss.R. Em Notícias Atualizada em 14 OUT 2019 - 11H08

125 anos dos Redentoristas em Aparecida


Jubileus comemoram ação afonsiana dos redentoristas na terra de Aparecida


A Província Redentorista de São Paulo, em 2019, oferece uma dupla e integrada celebração jubilar. São dois eventos centrais de sua história: seu nascimento, dia 28 de outubro 
de 1894, com a chegada dos primeiros redentoristas bávaros a Aparecida, e a declaração de sua maioridade, em 1944, ao receber o status de Província autônoma. 

Leia MaisOs missionários da Baviera: de Altötting para AparecidaSemelhanças entre as imagens de Aparecida e de AltöttingOs Missionários de Nossa Senhora AparecidaCelebrar não é só lembrar o que aconteceu há tanto tempo e fazer uma festa partilhada e prazerosa. Em primeiro lugar, está a consciência feliz e jubilosa do evento fundacional e do reconhecimento próprio de plenitude institucional. É, porém, necessário integrar a reafirmação do carisma missionário redentorista, sustento da vida apostólica, que vem se desdobrando em 125 anos de evangelização e 75 anos de plena responsabilidade como organismo na Congregação Redentorista. Mais ainda, é necessário um forte confirmar de plena entrega à missão, um decisivo projeto de dar continuidade ao zelo apostólico que, no transcorrer dos anos, alimentou a ação afonsiana dos redentoristas. 

Celebrar tem duas mãos: uma colhe as flores e os frutos jubilares, a outra deve lançar para o futuro as sementes colhidas. Pode parecer um contraponto histórico celebrar o nascimento e a maioridade provincial exatamente neste momento em que a Congregação nos convoca aos primeiros passos de uma caminhada de reconfiguração de suas Unidades. Todavia, é justamente aí que buscaremos melhores forças para assumir as remodelações que nos propõem.

Comissão do Patrimônio Histórico da Província.
Comissão do Patrimônio Histórico da Província.
Visita do superior geral, padre Patrício Murray, em 1924. Na foto: missionários e juvenistas.


Nossa história

Dia 30 de outubro de 1894, instalou-se em Aparecida a primeira comunidade da missão. Nascia a futura Província Redentorista de São Paulo. Os padres Lourenço Gahr e José Wendl, e os Irmãos Estanislau, Rafael e Simão assumiam a vida apostólica junto ao Santuário Diocesano de Aparecida, residindo provisoriamente em duas casas muito simples destinadas aos romeiros. O provisório durou 18 anos mal instalados. Somente em 1912 a comunidade viria a habitar o atual Convento Velho.

Reprodução.
Reprodução.
Padre José Wendl

Não foram fáceis os primeiros tempos. Padre Claro Monteiro se fez mestre da língua e dos costumes brasileiros. Mas, poucos dias depois, ele foi atender a população abandonada de Cruzeiro e deixou Aparecida nas mãos improvisadas dos recém-chegados. Aparecida era um lugarejo com seus 500 habitantes e de um santuário diocesano com cerca de cem mil romeiros anuais. Tiveram eles de fazer a festa de 8 de dezembro (Imaculada Conceição), celebrar o Natal e, no fim de janeiro, saber por carta do Pe. Claro que dom Joaquim Arcoverde, o bispo de São Paulo, confiava-lhes a paróquia e a reitoria do Santuário. Padre Wendl foi o primeiro missionário redentorista a assumir tais responsabilidades.

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Acolher bem

De imediato, os padres perceberam que romeiros e aparecidenses cultivavam uma piedade devocional de orações e promessas, com triste ignorância doutrinal e quase nenhuma vida sacramental. Missa e presença diárias no confessionário, organização da catequese, aconselhamentos e orientações, saídas a cavalo para unção aos moribundos, batizados e casamentos de romeiros eram as ocupações dos sacerdotes. Os Irmãos tinham a retaguarda de toda a atividade doméstica da comunidade. Logo que souberam falar um pouco a língua do povo, começaram o evangélico acolhimento na portaria. 

Bem atendidos, os peregrinos aumentaram sua presença. Eram necessários mais padres. Padre Gebardo mudou-se para Aparecida, a nova sede da missão, e assumiu as funções de pároco e reitor do santuário. Foram decisões vitais a vinda da Baviera de jovens clérigos que aqui completariam sua formação, integrando-se na cultura local e na criação do Juvenatoem 1898, futuro Seminário Santo Afonso.

Demos graças, traduzindo: “Será grande a Redenção com Ele”.


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