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Entre os redentoristas mais conhecidos que viveram no século XVIII encontra-se o Padre Gaspare (Gaspar) Caione, que se destacou pelos seus dons de apóstolo, carismático e administrador.
Ele foi um homem de confiança de Santo Afonso, que nas horas mais críticas podia contar com ele. Ele foi ainda o superior intuitivo de São Geraldo quando estava no auge de seu santo heroísmo.
No processo de beatificação de Santo Afonso, Pe. Caione forneceu os melhores testemunhos, deixando ainda informações valiosas sobre São Geraldo Majella, sobre as quais o Pe. Landi Eburino, por volta de 1783, elaborou a primeira biografia, publicada na revista Spicilegium Historicum CSsR, em 1960.
Vida intensa
Nascido em Troia, em 4 de agosto de 1722, Pe. Gaspar Caione estudou humanidades, retórica, filosofia, francês e grego no Seminário de Nápoles. Recebendo a tonsura e não se sentindo inclinado ao sacerdócio, inscreveu-se na Faculdade de Direito, graduando-se “in utroque jure” com brilhantes resultados. De volta à Apúlia, dedicou-se ao trabalho no fórum, dando também aulas de direito canônico e civil a um grupo de jovens que aspiravam ser membros do judiciário.
Em 1745, conheceu Afonso de Ligório, quando esse veio à sua aldeia pregar uma Santa Missão. Pe. Caione ficou tocado pela sua ânsia ardente para resgatar as almas mais abandonadas. A leitura do folheto de nosso santo intitulado: “Avisos a quem está à espera da vocação” fez com que se decidisse deixar o mundo cheio de possibilidades que se abria para ele e em meados de agosto de 1751, foi a Deliceto para encontrar-se com o venerável Pe. Cáfaro.
Durante doze dias foi hóspede em Santa Maria da Consolação, tendo oportunidade de se encontrar com o irmão Geraldo, já famoso pelos seus êxtases e prodígios.
O austero Pe. Cáfaro, que não se deixava entusiasmar com facilidade, aprovou as disposições do candidato de quase trinta anos, e apressou-se a dar o seu parecer favorável ao fundador, apresentando-o como “muito capaz” ao ministério missionário. Santo Afonso imediatamente aceitou o advogado, ordenando que, sem demora, fosse para Ciorani a fim de ali começar o seu noviciado.
Missionário e grandes responsabilidades
Logo após a ordenação sacerdotal, Pe. Gaspar Caione foi designado para Materdomini, um lugar estratégico para o apostolado em Irpinia, na área de Cilento e Basilicata.
Em 1753, morrendo o Pe. Cafaro, então superior de Materdomini, Santo Afonso o nomeou como superior, após a renúncia do Pe. Mazzini. No ano seguinte, também São Geraldo transferiu-se para Materdomini onde concluiria sua vida seráfica ao amanhecer do dia 16 de outubro de 1755.

Nos primeiros anos como reitor de Materdomini, Pe. Caione destacou-se por seu incessante trabalho apostólico e pelas iniciativas de construção. Mons. Giuseppe Nicolai, arcebispo de Conza, revelou-lhe várias vezes a sua estima e consideração, a mesma admiração demonstrada depois pelo seu sucessor, Mons. Marcello Capano-Orsini que de 10 e 13 de maio de 1761, visitou a comunidade formada então por 16 padres, 11 clérigos estudantes e 13 irmãos coadjutores.
Em 1764, a fome assolou o Reino de Nápoles e na região de Caposele que contava então com mais de três mil habitantes, estavam os mais afetados pela fome. O corajoso Reitor de Materdomini, deixando de lado os demais assuntos, mobilizou seus religiosos para enfrentar os dolorosos eventos com solidariedade cristã. No lombo de mulas enviou os mais capazes para remotas fazendas a fim de recolher vegetais e trigo. Confiante na providência, não teve receio de esvaziar os depósitos de grãos e víveres para ajudar a quem precisava.
Em julho de 1764, expirou o mandato de três anos de sua reitoria e, de acordo com as Constituições de 1749, deveria ser transferido para outro lugar. O príncipe de Caposele clamou pela sua permanência escrevendo uma carta ao Pe. Andrea Villani, referindo-se ao grande trabalho feito por ele na ocasião da crise. Consultando Santo Afonso, Pe. Villani (1706–1792), permitiu que Pe. Caione continuasse como reitor e em 1767, recebeu o parecer favorável do Arcebispo de Conza.
O dinâmico reitor não dormiu sobre os louros dos elogios, intensificando a realização de exercícios espirituais para sacerdotes, seminaristas maiores e leigos que afluíam das dioceses vizinhas; desenvolvendo uma associação de artesãos e concluindo a bela torre do campanário que foi inaugurada em 1770. Acima de tudo, incentivou a devoção mariana, alimentando-a com instruções sólidas e formas de devoções. No feriado de 8 de setembro, cerca de 20 mil peregrinos subiam a colina de Materdomini, acampando em tendas cobertas de folhagem.
Mais tarde, Santo Afonso enviou o Pe. Caione para dirigir o novo e importante colégio de Benevento, capital do ducado Pontifício, erguido pela união dos missionários do Reino e os dos Estados da Igreja. Ali também compôs alguns panfletos ascéticos e um livreto de poemas que ainda ressoam nas Missões Populares.
Com a invasão de soldados franceses, seu talento ficou conhecido e ele pode continuar os seus trabalhos.
Padre Caione faleceu pacificamente em 1809, aos 88 anos de idade, 58 deles passados na Congregação, vinte deles como consultor geral. Ele foi também examinador sinodal nas arquidioceses de Conza e Benevento devido ao seu caráter alegre e prudente, tendo sido sempre agradável ao clero, ao povo e às autoridades que não o poupavam de elogios.
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