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Nós, a alegria do noivo apaixonado! (Is 62,1-5)
Nós, a alegria do noivo apaixonado! (Is 62,1-5)

Mais que “filhos e filhas” Seus (cf. Is 56,5), Deus sempre nos sonhou numa parceria bem mais profunda com Ele. Pensou-nos como Sua noiva ou esposa, e numa perfeita fidelidade a Ele. E nada e ninguém Lhe arrancam esse projeto do coração: “por amor de Sião não vou me calar, por amor de Jerusalém não ficarei tranquilo, enquanto não surgir como a aurora sua justiça e sua salvação como tocha acesa” (Is 62,1). “Justiça” é amor, misericórdia.

Deus não sossegará enquanto não vir Sua esposa acolhendo a “salvação”, vivendo o amor, a bondade “como tocha acesa” em favor das demais nações! Assumindo essa sua vocação missionário-universal, nessa sua “justiça”, “as nações” “e todos os reis” verão sua “glória”, sua consistência, sua essência: “eles te chamarão com um nome novo, que a boca de Javé indicará” (v.2). Sim, “ninguém mais te chamará ‘Abandonada’, nem tua terra será denominada ‘Devastada’, mas tu serás chamada ‘Meu agrado’ e tua terra, ‘Desposada’, porque Javé se agradará de ti e tua terra terá um esposo” (v.4).

A deportação do povo para a Babilônia coincidia com a devastação, o abandono do próprio país. E essa desgraça de dupla face, os profetas sempre a atribuíam à infidelidade do povo. Assim, esses nomes “Abandonada... Devastada”, longe de serem atribuição feita por Deus, eram sim nomes que o próprio povo, por sua infidelidade, atribuía a si.

Mas, este nome novo “Meu agrado... Desposada”, este sim é o Amor apaixonado de Deus que lhe confere: “tu serás chamada ‘Meu agrado’ e tua terra, ‘Desposada’ porque Javé se agradará de ti e tua terra terá um esposo”. Novamente reassumida por Deus como noiva, será para o Esposo “esplêndida coroa... diadema real” (v.3). Dá para acreditar? Nós chegarmos a ser para Ele como que enfeites que O deixam belo, cativante?

Ele nos embeleza mediante Sua fidelidade amorosa. E “esplêndida coroa... diadema real”, enfeite para Ele nós seremos unicamente através de nossa fidelidade, de nossa correspondência a Seu amor fiel. É a esperança que Ele não deixa de alimentar a nosso respeito: “Eu a semearei para mim no país, eu amarei “Não amada” e a “Não-meu-povo” direi ‘Povo meu’, e ele dirá: ‘Meu Deus’” (Os 2,25).

É esta declaração de amor “meu Deus!”, meu Esposo, que Ele sempre sonha receber de nós, mas que brote de nosso coração fiel! E que essa nossa fidelidade seja tão visível a ponto de ser reconhecida também pelas nações: “virão a ti humildemente os filhos de teus opressores: a teus pés se prostrarão os que te desprezavam. E te chamarão ‘Cidade de Javé’, ‘Sião do Santo de Israel’” (Is 60,14).

Sião, Cidade-Esposa de Javé, do Santo de Israel! Quando é feliz alguém no matrimônio? Quando encontra uma noiva que é e existe para ele, e quando ele é e existe para ela, e quando ambos se assumem por toda a vida. É o que Deus nos confidencia: somos para Ele Sua esposa.

Que Ele-Esposo seja nossa alegria, tudo bem: Ele é a fonte de tudo de bom que somos e temos. Mas, que nós-esposa possamos ser Sua alegria? Que sem nós-esposa, Ele não seja plenamente feliz?

É o que Ele nos garante: “sim, como um jovem desposa uma virgem, assim te desposará teu Criador, como se alegra o esposo pela esposa, assim teu Deus se alegrará por ti” (Is 62,5)! Mas, Ele-esposo é igualmente nosso “Criador”: que maravilha a mais: quando nos criou, pensou-nos para sermos essa Sua esposa a Lhe dar alegria por nossa fidelidade esponsal com Ele!

REFLEXÃO

1. 1.“Como se alegra o esposo pela esposa, assim teu Deus se alegrará por ti”: estou dando essa alegria ao meu querido Deus?

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Por Redação, em Santuário Nacional

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