Jubileu reúne juristas em missa no Santuário de Aparecida

Na manhã do dia 7 de setembro, Dia da Independência, profissionais da área do Direito e operadores dos tribunais eclesiásticos participaram de uma Missa, no Altar Central do Santuário de Aparecida.

A celebração, que ocorreu às 8h, foi presidida por Dom Jaime Cardeal Spengler, Arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil CNBB e fez parte da programação do Jubileu dos Operadores de Justiça.

O evento, promovido pela CNBB, reuniu cerca de 50 representantes da área jurídica do país para tratar do tema “A esperança não decepciona: fé que inspira a justiça com equidade”.

Giovana Marques

Segundo Frei Jorge Luiz Soares, responsável pela organização, o objetivo deste encontro Jubilar é trabalhar a temática do Ano Santo para aproximar e abrir um diálogo com o corpo de juristas presente, compreendendo o importante papel que eles executam na sociedade brasileira:

“Este é um tema muito querido, diria, muito bem abordado pela Doutrina Social da Igreja, que visa que a prática da justiça seja acompanhada da equidade, como uma expressão também de caridade. “, afirmou.

Foram convidados juízes, promotores, advogados, magistrados e outros profissionais da área como a Ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Daniela Teixeira, que esteve presente.

Segundo o cronograma, o Jubileu dos Operadores de Justiça teve início ontem, dia 6 de setembro com a acolhida no Santuário Nacional e a Oração do Terço, na presença de Dom Jaime e Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida.

Homilia

Dom Jaime, saudou os peregrinos, os presbíteros concelebrantes, os operadores de justiça e todos os brasileiros que caminham como discípulos de Jesus. Comentando o Evangelho de Lucas 14, 25-33, o arcebispo disse que os laços familiares são importantes para nós e por isso, a expressão de Jesus nesta leitura nos surpreende.

"Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.”

Segundo Dom Jaime, Jesus nos pede desapego o que não significa indiferença ou alienação. Além disso, afirmou que quem se decide por seguir o Senhor, precisa calcular suas forças, o que assume e o que arrisca, pois segui-lo exige desprender-se do amor da família para desprender-se do seu egoísmo, renunciar ao nome e ao dinheiro.

Giovana Marques

Segundo o Cardeal, essa é a torre que devemos construir, a batalha que precisamos vencer: tomar a própria cruz e colocar tudo em direção ao Reino, usar os bens da criação para “o bem de todos, de todos, não da maioria, mas de todos.”

Em seguida, falou da beleza do nosso país afirmando que Deus o abençoa de uma forma especial, garantindo “munições suficientes para proporcionar vida digna para todos”.

Ainda ressaltando as palavras de Jesus no Evangelho, Dom Jaime disse que quando caminhamos sem a Cruz, quando professamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor, somos mundanos. Não recebemos a graça de Deus sem empenho e sem esforço de nossa parte.

Caminhando para o desfecho da homilia, ele convidou todos os presentes na Casa da Mãe e os demais que acompanhavam pela Rede Aparecida de Comunicação a fazer um instante de silêncio e rezar pelo Brasil.

Programação

Giovana Marques

Seguido a Santa Missa, a programação do Jubileu dos Operadores de Justiça deu continuidade no Santuário Nacional com um coffee break às 9h30, palestra às 10h com o tema "A esperança não decepciona: fé que inspira a justiça com equidade", comunicações às 11h e encerramento ao meio-dia.

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