Redentoristas: fundamentados nos apóstolos, edificados em Cristo

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida uniu fé, história e gratidão na celebração da Santa Missa das 9h, presidida pelo Padre José Ulysses da Silva, missionário redentorista.

A Eucaristia deste dia 28 de outubro marcou a memória de São Simão e São Judas Tadeu e, de forma especial, celebrou os 131 anos da chegada dos Missionários Redentoristas a Aparecida.

131 anos de entrega: Memória que sustenta a mensagem de Aparecida

A celebração foi um solene ato de recordação, remetendo ao final do século XIX, quando a família redentorista assumiu a guarda do Santuário. A homilia, nas palavras do Pe. Ulysses, fez uma “memória agradecida” daquele momento histórico:

“Hoje na festa dos apóstolos São Simão e São Judas, a nossa amada Província Nossa Senhora Aparecida faz memória agradecida do dia 28 de outubro de 1894, quando às 23 horas desembarcava na estação ferroviária de Aparecida, ao testemunho de uma acolhida festiva, um grupo de missionários redentoristas, vindos da Baviera, Alemanha.”

Ao longo de 131 anos, a Congregação do Santíssimo Redentor (C.Ss.R.) se dedicou à evangelização na Terra da Padroeira. O propósito dos pioneiros alemães continua vivo e é a essência da missão, com “sonhos, objetivos, muito amor e uma missão: ajudar o santuário de Aparecida a crescer e expandir a devoção a Nossa Senhora, a quem carinhosamente chamamos de Nossa Madre Provincial.”

.:: A história da Congregação Redentorista e sua dedicação à evangelização em Aparecida, onde “junto dele é grande a redenção”, pode ser revista em detalhes aqui: Redentoristas: Há 130 anos, missionários da esperança em Aparecida.

Reprodução/ YouTube Santuário Nacional Brasão redentorista foi colocado ao lado da imagem de Nossa Senhora Aparecida

São Simão e São Judas Tadeu: o alicerce apostólico

A liturgia do dia celebrou a memória dos apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. A pregação destacou o papel fundamental desses doze escolhidos por Cristo para dar continuidade à Sua obra.

O celebrante sublinhou que a escolha dos apóstolos não foi aleatória, mas sim um desígnio divino para criar um novo povo:

“Foram eles que se constituíram, digamos assim, os doze apóstolos que, claramente, Jesus instituía como sendo os herdeiros daquelas doze tribos de Israel do Antigo Testamento, que constituía o povo de Deus do Antigo Testamento, o povo de Deus de Israel. Agora começa um novo povo de Deus, fundamentado nos doze apóstolos.”

Simão (o Zelota) e Judas Tadeu (o santo das causas impossíveis) uniram-se na missão e selaram seu testemunho com o próprio martírio. A homilia ressaltou a natureza da evangelização desses santos, um exemplo de fé e coragem para todos os cristãos:

“[Da parte deles] não houve violência, não houve conquista, não houve espada, não houve nada. Houve simplesmente a palavra de Deus e o testemunho da vida de cada um deles. E um amor louco, apaixonado por nosso Senhor Jesus Cristo”, disse o padre Ulysses.

O legado de cada um deles, que “regou com o seu sangue a pregação, o anúncio do evangelho que fez”, é a base da Igreja e da sucessão apostólica, confirmando que “a legitimidade do povo de Deus depende desse laço, dessa união profunda com cada um desses apóstolos.”

.:: Saiba mais sobre a vida e o martírio dos dois apóstolos: Confira curiosidades sobre São Simão e São Judas Tadeu

Ao unir a memória dos Apóstolos com a gratidão pela missão redentorista, a celebração em Aparecida reforça a vocação evangelizadora do Santuário, que, há 131 anos, continua a ser um farol de fé e esperança para o povo brasileiro.

Reveja a Santa Missa:

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