Como um casal, pode ser que aconteça de ambos não professarem a mesma fé católica, ou até mesmo cristã. O que não pode ocorrer, no dia a dia, são ataques à escolha de fé do (a) cônjuge.
Apesar das particularidades de cada um, o respeito é fundamental em qualquer relação. Nenhum ser humano deve ser submetido a vexames ou humilhações.
O Pe. Rubens Gomes de Carvalho, C.Ss.R. defende a “importância do diálogo, da abertura do coração de um para o outro, cada um fazendo ver a sua própria dignidade, sem acusar o outro”.
Para o missionário redentorista, a resposta é sentar-se frente a frente e se escutarem com carinho. Aproveite e pergunte com calma: “O que em mim te incomoda?”. Diga o que sente. Dialogue com responsabilidade, afeto e desejo de entendimento. Assim, juntos tomarão “uma decisão madura, consciente e responsável desta união”, completa.
O diálogo deve ser conquistado para que haja um esclarecimento e surja, a partir daí, um exame de consciência mútuo. “Busquem perdão. Esclareçam os pontos que doem. Perguntem: ‘Por que estamos juntos? Ela/ele me faz bem ou não?’”, sugere Padre Rubens. Com as respostas alcançadas, avaliem os motivos de estarem juntos.
Se ambos são cristãos, o amor é a prioridade. No matrimônio católico, o vínculo é sacramental: “Até que a morte nos separe”. Isso traz valor à união, mas isso não significa sofrer humilhações ou desrespeito.
Padre Rubens orienta: se são casados na Igreja e praticam a fé de formas diferentes, de modo que cause discussão, procure apoio. “Busque o auxílio da parte da paróquia e da pastoral familiar, o diálogo com o pároco também é bem-vindo, sobretudo de quem está sendo ofendido”.
E completa: “Nenhum casal está obrigado a suportar a ofensa do outro, sobretudo por causa de religião”. Quando o desrespeito é grave e o diálogo não acontece, pode-se buscar a declaração de nulidade do matrimônio. Isso evita viver um adultério moral, pois ninguém é obrigado a enfrentar situações terríveis só por ter casado na Igreja.
Vale lembrar que o verdadeiro amor, conforme diz o Papa Francisco na exortação apostólica Amoris Laetitia (“A alegria do amor”), não ofende, não maltrata, não fere, além de ser um papel da Igreja em discernirem os caminhos aos casais:
“Durante muito tempo pensamos que, com a simples insistência em questões doutrinais, bioéticas e morais, sem motivar a abertura à graça, já apoiávamos suficientemente as famílias, consolidávamos o vínculo dos esposos e enchíamos de sentido as suas vidas compartilhadas. Temos dificuldade em apresentar o matrimônio mais como um caminho dinâmico de crescimento e realização do que como um fardo a carregar a vida inteira. Também nos custa deixar espaço à consciência dos fiéis, que muitas vezes respondem o melhor que podem ao Evangelho no meio dos seus limites e são capazes de realizar o seu próprio discernimento perante situações onde se rompem todos os esquemas. Somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las”. (Amoris Laetitia, Cap II, 37)
1. Valorize o respeito mútuo como base.
2. Inicie um diálogo simples, com abertura e afeto.
3. Faça exame de consciência e busque perdão.
4. Avalie se o relacionamento traz bem-estar.
5. Valorize a espiritualidade comum.
6. Busque apoio em sua paróquia ou pastoral familiar.
7. Saiba que não é obrigação suportar ofensas.
8. Pense na nulidade do sacramento, se os danos forem graves.
9. Lembre-se: o amor cristão não fere nem maltrata.
:: Liberdade de Expressão ou Respeito: qual a diferença?
Fonte: Vatican News
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