Com Maria, os Redentoristas propagam a Copiosa Redenção

As devoções marianas são expressões do amor cristão para com a Mãe de Jesus. Cada título, imagem e santuário revelam aspectos únicos dessa relação de fé, mas todas convergem para seu Filho.

A Mãe de Deus se mostra próxima dos pobres, dos aflitos e de todos os que buscam consolo e esperança. Ela é sinal do amor misericordioso de Deus e continua a interceder pelos que necessitam da redenção.

Maria tem um lugar central na espiritualidade dos Missionários Redentoristas, cujo fundador, Santo Afonso, também cultivava grande devoção. Por esse motivo, eles promovem expressões de fé popular, como novenas, romarias e festas marianas, como forma de se aproximar de Jesus.

Diversas são as manifestações da devoção mariana ao redor do mundo, cada uma nascida a partir da experiência do povo com a presença da Mãe de Jesus. Em diferentes culturas e momentos da história, Maria se revelou como intercessora.

A seguir, destacamos algumas dessas expressões que, embora distintas em origem e forma, compartilham a confiança na Mãe que nos conduz ao Filho.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Entre as várias expressões dessa devoção, destaca-se a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, um ícone de origem bizantina, pintado entre os séculos XIII e XV e atualmente está sob os cuidados da Congregação Redentorista, na Igreja de Santo Afonso, em Roma.

A imagem retrata Maria segurando o Menino Jesus em seus braços com ternura e firmeza, enquanto Jesus olha para os instrumentos da Paixão, revelando que Ele é o nosso Perpétuo Socorro e Ela nos conduz com amor maternal ao Salvador.

O ícone bizantino de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro dialoga diretamente com a devoção mariana de Santo Afonso, que via Maria como Aquela que intercede sem cessar, especialmente nos momentos de angústia e provação.

.:: Conheça a simbologia do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ::.

Scala News Ícone original de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na Igreja de Santo Afonso, em Roma

Nossa Senhora de Alttötting

De forma semelhante, na Alemanha, a devoção a Nossa Senhora de Alttötting expressa essa presença viva de Maria nas dores e esperanças do povo. Em 1459, diante do desespero de uma mãe cujo filho havia se afogado, a intercessão da Virgem foi invocada com sua imagem.

A “Virgem Negra”, que assim como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, carrega o Filho nos braços, não deixaria outra mãe desamparada; o menino que havia se afogado, voltou à vida.

Esse milagre foi o início de uma trajetória centenária de fé pela Nossa Senhora de Alttötting. O Santuário de Alttötting guarda testemunhos de curas, milagres e graças alcançadas.

A história de Alttötting se cruza com a dos missionários redentoristas no século XIX, quando a congregação estava em processo de expansão pela Europa. Ao assumirem os cuidados do Santuário de Nossa Senhora de Alttötting, foi marcado o início da presença redentorista na Baviera, localizada na Alemanha.

Os redentoristas pioneiros a chegarem na cidade de Aparecida (SP) vieram da Baviera, e se depararam com uma devoção similar: uma virgem negra coberta por um manto azul-escuro — Nossa Senhora Aparecida.

.:: Descubra mais semelhanças entre as imagens de Aparecida e Alttötting ::.

Gustavo Cabral "Virgem Negra" de Altötting segurando o Menino Jesus nos braços

Nossa Senhora Aparecida

No mesma linha de fé, a devoção a Nossa Senhora Aparecida surgiu das águas do Rio Paraíba do Sul, em 1717, quando três pescadores encontraram a imagem da Virgem em dois pedaços.

A cor negra da imagem, semelhante à Virgem de Alttötting, fala diretamente com um povo marcado pelo período escravocrata.

Em 1894, os Missionários Redentoristas chegaram ao Brasil com a missão de Propagar a Copiosa Redenção.

Assumindo o cuidado pastoral da Basílica Histórica e futuramente construindo o Santuário Nacional de Aparecida, os Redentoristas difundiram a história do encontro da imagem e deram novo impulso à devoção mariana que já crescia entre os fiéis.

O trabalho dos Redentoristas foi fundamental para transformar aquele local simples em um dos maiores centros de peregrinação do mundo.

Thiago Leon Padroeira do Brasil na fachada sul do Santuário Nacional de Aparecida

Devoções semelhantes a uma única Maria

Em todas essas expressões — do Perpétuo Socorro em Roma, da Virgem Negra de Alttötting ou da Mãe Aparecida na Capital da Fé — está presente a mesma verdade: Maria é única e universal, sendo parte de diferentes povos e contextos, mas levando sempre a Jesus, seu Filho e Redentor da humanidade.

Sua presença, em tantas formas e rostos, continua sendo fonte inesgotável de consolo, intercessão e amor para todos os que a Ela recorrem com confiança.

Uma das grandes expressões de devoção à Maria está presente na Novena e Festa da Padroeira, que será celebrada em 2025 com o tema “Com Maria, Mãe da Esperança, conhecer Jesus e cuidar da Vida”, destacando que é, na companhia de Maria, que aprendemos a conhecer Jesus e a cuidar da vida.

A novena preparatória, celebrada de 3 a 11 de outubro, será um tempo forte de oração, reflexão e encontro com Deus, culminando na grande festa do dia 12 de outubro.

Em comunhão com todas as outras devoções marianas, esta festa reafirma a certeza de que a Mãe de Deus continua caminhando com seu povo, nos conduzindo ao encontro com Jesus Cristo.

.:: Confira a programação da Novena e Festa da Padroeira 2025 ::.