Um ponto completamente singular na economia da salvação é a devoção a Nossa Senhora, e Santo Afonso compreendeu profundamente tal aspecto da vida espiritual.
Doutor da Igreja e exímio teólogo e escritor, entre os muitos elementos que marcaram sua vida e obra, nenhum talvez resplandeça com tanta força quanto a sua devoção filial e teologicamente fundamentada à Santíssima Virem Maria.
Afonso não apenas cultivou profundo amor e devoção pessoal a Maria, mas usou de todos os seus dons e talentos para fazê-la amada e para ver crescer no povo a devoção para com tão Boa Mãe.
.:: A Redenção em Santo Afonso e na vida Redentorista ::.
Vivendo em uma época em que o povo se via afastado dos sacramentos e das práticas de piedade por uma doutrina rigorista, Afonso viu na devoção a Nossa Senhora um caminho.
Foi um meio eficaz e seguro de reascender no coração dos fiéis o fogo do amor a Deus, pois sabia ele que Maria é um caminho seguro para Deus e que “um devoto de Maria nunca se perde”.
Os biógrafos de Santo Afonso são unânimes em afirmar seu amor à Maria Santíssima, amor este que se traduzia em práticas de devoção filial.
Foi aos pés de Nossa Senhora das Mercês que Afonso depôs sua espada de nobre e decidiu-se pela vocação sacerdotal. No lugar da espada, passou a portar o Rosário e não deixou de rezá-lo um só dia se quer durante toda a sua vida.
Tanóia, seu primeiro biógrafo, dizia que toda a vida de Afonso foi marcada por sua devoção a Nossa Senhora. Apenas se levantava da cama pela manhã e já se punha de joelhos, rezando três ave-marias; cada vez que ouvia o relógio marcar as horas, rezava uma ave-maria.
Ao toque do Angelus, logo se ajoelhava, onde quer que estivesse; mantinha na escrivaninha do seu quarto uma estampa de Nossa Senhora do Bom Conselho, com quem trocava olhares de tempos em tempos enquanto trabalhava no seu “apostolado da pena”.
Trazia sempre consigo, ao redor do pescoço, o escapulário de Nossa Senhora do Carmo (este ainda hoje é conservado como uma relíquia do santo); aos sábados e vésperas das festas Marianas, fazia jejum a pão e água em honra de Maria; nunca terminava suas pregações sem mencionar sua amada Mãe, Maria santíssima.
Gestos externos, sim, mas que refletiam o profundo amor e a confiança filial que Afonso depositava em Nossa Senhora, chegando a afirmar que dessa devoção dependia sua salvação.
Como bom teólogo que era, Afonso estava plenamente consciente de que Maria não substituía o único Salvador, Jesus Cristo. No entanto, sabia que Deus, em seus desígnios de amor, quis associar de maneira especial na obra da redenção, aquela que, sendo escolhida e preparada pelo próprio Deus, gerou em seu ventre o Redentor e por isso cooperou de modo singular com a Redenção da humanidade.
No céu, Maria a exercer a missão de conduzir os fiéis ao seu Filho, fonte de toda da Copiosa Redenção.
No livro "Glórias de Maria", Santo Afonso escreveu:
“Não há dúvida de que Jesus Cristo, só, foi suficientíssimo para nos redimir, mas assim como um homem e uma mulher, cooperaram para nossa ruína, convinha que um Homem e uma mulher cooperassem para nossa reparação...Maria é chamada de cooperadora de nossa justificação, porque Deus entregou em suas mãos as graças todas que quer nos dispensar”.
Afonso não apenas amava Maria, mas colocava grande empenho em fazê-la amada. Para isso, pintou quadros, compôs orações, hinos, meditações, sermões e novenas em honra da Mãe de Deus.
Unida à prática da visita ao Santíssimo Sacramento, propunha que se visitasse também Nossa Senhora, pois, em suas palavras: “Quem quer o fruto deve também querer a árvore. Quem quer Jesus deve procurar Maria; e quem acha Maria, certamente acha também Jesus.”
A obra mais conhecida, “Glórias de Maria”, é o maior monumento erguido por Afonso em honra da santíssima Virgem. Conta-se que, já no fim de sua vida, já impossibilitado de ler sozinho, ouvia a leitura deste livro feita pelo irmão que o acompanhava.
A certa altura perguntou: “Irmão, quem escreveu este livro tão belo sobre Maria”. Então o leitor respondeu: “‘As glórias de Maria’, por Dom Afonso de Ligório”. O Santo Bispo respondeu rezando: “Meu Deus, como é bom, às portas da eternidade, poder pensar que fiz alguma coisa para semear nos corações a devoção a Maria!”.
Não há dúvida do êxito desta missão de Afonso, missão esta que passou para os membros de sua congregação: “Semear nos corações a devoção a Maria” cada missionário redentorista, portanto, a exemplo de nosso fundador, busca crescer constantemente no amor a Nossa Senhora e propagar entre o povo a devoção a ela, pelas pregações, missões, cuidado dos santuários a ela dedicados, reza do terço, novenas, escritos, canções, etc.
Diariamente podemos constatar como o auxílio desta Mãe Bendita tem sido presente e eficaz na vida dos fiéis, pois Maria é o caminho seguro para Jesus.
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Fonte: Pe. Guilherme Dias Viana, C.Ss.R.
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